PAVÃO AZUL: Uma arma nuclear 'movida e recheada' por galinhas existe de verdade

A explosão criaria uma cratera de até 195 metros de diâmetro

PAVÃO AZUL: Uma arma nuclear 'movida e recheada' por galinhas existe de verdade

Foto: Reprodução

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Durante a Guerra Fria, o mundo testemunhou algumas das ideias mais inusitadas para combater ameaças militares. No entanto, poucas se destacam tanto quanto o Projeto Blue Peacock (Pavão Azul), do Reino Unido, que propunha criar uma bomba nuclear recheada com... galinhas. 
 
Sim, galinhas vivas. O conceito parece tão absurdo que, quando os documentos do projeto foram desclassificados em 2004, muitos acreditaram que era uma brincadeira de 1º de abril. Mas, surpreendentemente, essa ideia foi levada a sério. 
 
O contexto do projeto 
 
Em 1957, no auge das tensões entre a União Soviética e o Ocidente, os britânicos temiam uma invasão soviética na Alemanha Ocidental. A solução encontrada foi criar um dispositivo nuclear que pudesse ser enterrado no solo e detonado remotamente ou após um atraso de oito dias. A explosão criaria uma cratera de até 195 metros de diâmetro, destruindo instalações próximas e contaminando a área com radiação, o que atrasaria o avanço do exército soviético. 
 
A bomba, com 10 quilotons de potência, deveria ser enterrada em uma mina no norte da Alemanha. No entanto, havia um problema prático: as condições climáticas. Durante o inverno, o frio extremo poderia comprometer os circuitos internos e inviabilizar o funcionamento da bomba. 
 
A solução surreal: Galinhas 
 
Os engenheiros britânicos enfrentaram o desafio de manter a temperatura interna do dispositivo e, após várias tentativas, chegaram à ideia mais improvável: usar o calor corporal de galinhas vivas. Dentro da bomba, seria criada uma câmara com comida e água suficientes para que as aves sobrevivessem por pelo menos uma semana. Esse calor impediria que os componentes congelassem. 
 
Embora os protótipos iniciais tenham demonstrado viabilidade técnica, o projeto foi abandonado antes de avançar para os testes finais. 
 
Além das implicações obviamente éticas envolvendo as galinhas, o plano enfrentava críticas logísticas e diplomáticas. Afinal, enterrar bombas nucleares no território de um país aliado não era algo que a opinião pública ou os líderes políticos estivessem dispostos a aceitar. 
 
De projeto militar à curiosidade histórica 
 
A história do Blue Peacock ficou esquecida por décadas até ser revelada pelos Arquivos Nacionais do Reino Unido. Hoje, ela é um lembrete tanto das excentricidades da corrida armamentista quanto dos esforços criativos — e, às vezes, absurdos — que surgem em momentos de crise global. 
 
Seja como um exemplo bizarro ou uma amostra da complexidade da Guerra Fria, o Blue Peacock continua sendo uma das ideias mais únicas da história militar. E pensar que tudo isso envolvia galinhas... 
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