SEXUALIZAÇÃO PRECOCE: Como abordar a sexualidade com seus filhos de forma saudável? - Por Êmene Germano

SEXUALIZAÇÃO PRECOCE: Como abordar a sexualidade com seus filhos de forma saudável? - Por Êmene Germano

Foto: Divulgação

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Recentemente, uma famosa gerou polêmica ao afirmar que presenteou sua filha de 12 anos com um vibrador. A atitude provocou discussões sobre a sexualização precoce e a forma como os pais devem abordar a educação sexual de seus filhos. Este episódio levantou questões importantes sobre o momento e a forma de falar sobre sexualidade com as crianças e adolescentes. Então fui me aprofundar nesse tema e li que especialistas apontam como conduzir o diálogo sobre sexualidade com crianças e adolescentes de forma gradual e respeitosa e quero compartilhar com você, caro leitor.
 
E qual é o momento certo para começar a falar sobre educação sexual?
 
Especialistas destacam a importância de uma abordagem gradual e respeitosa ao tema da sexualidade. O diálogo deve começar cedo, mas de maneira apropriada para cada fase de desenvolvimento. De acordo com a especialista Ana Catharina Nunes Fernandes, autora do estudo Abordagem da Sexualidade no Diálogo entre Pais e Adolescentes, a educação sexual deve ser contínua e adaptada a cada etapa do crescimento infantil, para evitar desinformação e comportamentos de risco.
 
A especialista explica que o diálogo sobre sexualidade deve evoluir conforme a criança cresce, respeitando sua capacidade de compreensão e curiosidade. As fases para uma comunicação saudável são:
 
Até os 5 anos: ensinar os nomes corretos das partes do corpo e noções de privacidade. A criança deve entender que seu corpo é pessoal e que ninguém deve tocá-lo sem permissão.
 
Exemplo de diálogo: "Seu corpo é só seu, e ninguém deve tocar sem sua permissão."
 
 
De 6 a 9 anos: explicar noções básicas sobre reprodução, respeitando a curiosidade da criança, mas sem entrar em detalhes excessivos. É o momento de ensinar o respeito pelo próprio corpo e pelos limites dos outros.
 
Exemplo de diálogo: "Os bebês se formam quando uma célula do papai se une a uma célula da mamãe dentro da barriga dela."
 
 
De 10 a 12 anos: a puberdade chega com mudanças físicas e emocionais. É importante discutir as transformações do corpo e as emoções que surgem, mantendo um espaço aberto para dúvidas e perguntas.
 
Exemplo de diálogo: "Seu corpo passará por várias mudanças. Se tiver dúvidas ou precisar conversar, estou aqui."
 
 
De 13 a 15 anos: a sexualidade começa a ser vivida de maneira mais concreta, com interesse por relações sexuais. A abordagem deve incluir questões de consentimento, prevenção de ISTs e métodos contraceptivos.
 
Exemplo de diálogo: "É natural sentir atração por alguém, mas é importante que qualquer relação seja consensual e segura."
 
 
A partir dos 16 anos: o jovem começa a entender o que são relacionamentos saudáveis, amorosos e respeitosos. A conversa deve abranger também os aspectos emocionais e as responsabilidades envolvidas.
 
Exemplo de diálogo: "Relacionamentos devem ser baseados em respeito e confiança. Se precisar de orientação, sempre posso ajudar."
 
A atitude dessa famosa, gerou grande repercussão e expõe o dilema sobre a sexualização precoce. Embora seja fundamental que os pais ofereçam informações sobre sexualidade, é necessidade de respeitar o tempo de desenvolvimento de cada criança. A educação sexual não deve ser antecipada de forma forçada, especialmente quando o jovem ainda está na fase de entender e vivenciar as mudanças do seu corpo.
 
O estudo Educação Sexual e Comportamento Adolescente, de Lucas Vinícius de Lima e Gabriel Pavinati, aponta que a exposição precoce à sexualidade pode ter impactos negativos na autoestima e na capacidade de se relacionar de maneira saudável. E que forçar a vivência da sexualidade antes do momento adequado pode resultar em dificuldades emocionais e psicológicas a longo prazo.
 
Portanto, devemos compreender que o diálogo aberto e respeitoso é essencial entre pais e filhos tendo como objetivo garantir que os jovens adquiram uma compreensão equilibrada de sua própria sexualidade, respeitando seus limites e necessidades emocionais.
 
Se você tem dificuldades para abordar esses temas com seus filhos ou enfrenta desafios relacionados à educação sexual, estou à disposição para te ajudar. O diálogo é essencial, e podemos trabalhar juntos para fortalecer os laços familiares e promover um ambiente de aprendizado saudável e respeitoso.
 
Êmene Germano
Psicóloga 
CRP 24/1993
 
Para entrar em contato me procure pela rede social do instagram: @psicologa.emene
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