A banana, um item básico na mesa dos acreanos, se tornou um artigo de luxo em Cruzeiro do Sul. O preço da fruta disparou para R$ 7,00, e a escassez nas feiras e supermercados se tornou um problema real para consumidores e comerciantes. A causa? As queimadas do ano passado, que devastaram plantações e prejudicaram a produção.
“Estamos vendendo por R$ 7,00, mas são frutas pequenas, e mesmo assim, quando conseguimos encontrar”, lamenta Irací Fernandes, uma das vendedoras que sofre com a falta da banana. “A escassez é resultado das queimadas do ano passado, que devastaram várias plantações e reduziram drasticamente a oferta.” Ela explica que somente a banana-da-terra, maior e mais resistente, está disponível, enquanto a produção da banana tradicional foi comprometida pelas queimadas e pelo inverno rigoroso.
A situação é tão grave que a exportação da fruta para outras regiões foi suspensa. Os fornecedores, sem estoque suficiente para atender a demanda local, não conseguem mais enviar bananas para outros estados.
A crise da banana em Cruzeiro do Sul é um exemplo claro dos impactos negativos das queimadas, que não só prejudicam o meio ambiente, mas também afetam diretamente a economia e o bem-estar da população. A falta da fruta, um alimento barato e acessível, impacta o orçamento familiar e aumenta a preocupação com a segurança alimentar na região. A recuperação da produção e o combate às queimadas exigem ações urgentes e eficazes para garantir a oferta da banana e o bem-estar da população acreana.