Acre - Polícia desmantela quadrilha que fazia "seqüestro virtual"
Foto: Divulgação
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A atuação da quadrilha estava sendo investigada pelas polícias Civil e Federal, dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grasso, Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Acre. O golpe chamado de "Seqüestro Virtual" consiste na extorsão à empresários, escolhidos aleatoriamente através das páginas amarelas da lista telefônica.
"A quadrilha naturalmente contrata alguém para lhe dá informações sobre a vida da pessoa escolhida e passa a lhe extorquir dinheiro, com ameaças de matá-lo ou alguém da família, especialmente filhos", disse o chefe de Polícia Civil Walter Prado. Para a investigação a última vítima contatada pelos criminosos no Acre, foi J.L.J de 39 anos, empresário do ramo de eletroeletrônico.
J.L.J., vinha sendo pressionado pela quadrilha e decidiu pedir ajuda ao diretor- geral de Polícia Civil. O Departamento de Inteligência da PC foi mobilizado e na tarde de quarta-feira (20) com apoio do Judiciário, identificaram Ester Maria do Nascimento, como sendo a titular da conta 000991-05, agência 0232, da Caixa Econômica Federal (RJ), indicada para o depósito pelos seqüestradores virtuais.
Ester mora no apartamento 402, rua dos Inválidos, n° 196, Centro do Rio de Janeiro. Ela teve o número de sua conta passada por um homem que se diz chamar "Marcão" e que segundo a polícia, comanda os golpes.
COMO AGEM OS CRIMINOSOS
De posse dos dados da vítima, os bandidos afirmam que um concorrente seu o contratou por R$ 20 mil para matá-lo. A única forma de evitar o crime é este depositar a mesma quantia na conta citada. Para provar que não é trote "Marcão" dá detalhes da rotina da vítima escolhida, diz inclusive onde seus filhos estudam.
No caso do empresário acreano, eles ameaçam transformarem-no em picadinho, se as polícias fossem ávidas, garantindo inclusive que já existia gente da confiança do bando em frente a residência da vítima aguardando ordens para matá-lo. J.L.J., foi orientado pela investigação concordar com o bandido, enquanto outras providências eram tomadas até a completa identificação dos dados necessários para saber de quem era a conta e de onde vinha o telefonema ameaçador.
O próprio diretor Walter Prado disse ao bandido que no Acre não iam extorquir ninguém porque acabavam de serem identificados. Foi o suficiente para desligarem o telefone. Mas a polícia já havia gravado os detalhes que lhes interessavam.
"Entramos em contato com a direção da Polícia Civil do Rio de Janeiro para procederam às diligências no sentido de prender os bandidos que estão fora do presídio", comentou Walter. No ato em que fornecia a imprensa o áudio gravado pela polícia durante a conversa com os marginais.
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