Especialistas em comportamento e cognição alertam para um fenômeno crescente: a hiperestimulação digital está deixando cérebros “sedentários”. Não por falta de capacidade humana, mas por ausência de treino mental.
Ao viver conectados o tempo todo, as pessoas se acostumam a pular entre tarefas — reduzir a profundidade do pensamento e aumentar a superficialidade das decisões. O resultado é uma população ocupada, facilmente distraída e com menor resistência cognitiva.
Alguns defendem o conceito de “obesidade digital”: assim como o sedentarismo físico reduz a qualidade de vida, o sedentarismo mental empobrece decisões, produtividade e propósito. Em termos práticos: menos foco leva a escolhas mediocres e a carreiras estagnadas.
Para reverter o quadro, a recomendação é simples e prática: pense mais, delegue menos. Exercitar o foco com rotinas — períodos ininterruptos de trabalho profundo, redução de notificações e leituras longas — funciona como treinamento para o cérebro. Tratado como músculo, o foco se fortalece com constância e exige disciplina, não inspiração.
A mensagem é clara: a vantagem competitiva do século XXI será mental. Quem treinar o foco será quem liderará.