Países vizinhos ficam em estado de alerta com a crise na Bolívia
Foto: Divulgação
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*De acordo com Marco Aurélio Garcia, ontem à noite, o governo brasileiro tomou conhecimento da situação no país vizinho, e o assunto foi levado imediatamente ao presidente Lula. "Informei ao presidente o que ocorreu para que ele tivesse um quadro mais completo da situação", afirmou Garcia.
*Segundo Garcia, diante do pedido de renúncia de Carlos Mesa, ocorreram várias manifestações na Bolívia, o que preocupa a todos os países da região. "Isso suscitou uma inquietação muito grande quanto à desestabilização do governo boliviano", ressaltou o assessor especial da Presidência.
*Ele considerou preocupantes os riscos de desestabilização do governo boliviano, com o qual os demais países da região têm relações cordiais e disse que já conversou sobre a crise com autoridades da Argentina e do Uruguai. "Eu conversei com o vice-chanceler argentino e com o chanceler uruguaio, e decidimos desencadear uma série de ações no sentido de ajudar a Bolívia a voltar à normalidade. Isso com respeito à determinação do povo boliviano", informou Garcia.
*"Estamos preocupados com a evolução da crise boliviana, com o respeito que nós temos, no tratamento desse problema, pelo povo boliviano e com respeito às instituições do país", ressaltou o assessor internacional da Presidência da República.
*Ele destacou que a solidariedade do Brasil diante da crise boliviana é uma posição que o governo Lula adotou quando ocorreram outros problemas na região. "Nós sempre procuramos pautar a nossa conduta pelo respeito às instituições e pelo fato de que esses problemas deveriam ser resolvidos estritamente nos quadros constitucionais e legais, e não simplesmente pela pressão das ruas, ainda que a pressão das ruas seja respeitada", acrescentou.
*Marco Aurélio Garcia lembrou que o Brasil mantém, hoje, acordos de cooperação com a Bolívia, na área de infra-estrutura e nos setores de gás, energia e mineral. "Esses acordos são importantes para que a Bolívia possa vir a alcançar um patamar novo no seu desenvolvimento econômico e social", concluiu.
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