Apesar dos inúmeros rumores acerca de suposto favorecimento à parentes do prefeito, de integrantes do primeiro escalão e de vereadores da cidade, a denúncia ajuizada pelo Ministério Público de Vilhena, através da promotora Fernanda Alves Poppl, não faz qualquer referência a tais situações. O processo detalha incidentes ocorridos nos dias de aplicação dos exames, e estão baseadas em ocorrências policiais feitas na 1ª Delegacia de Polícia Civil e em depoimento dos candidatos que as registraram.
São várias as denúncias, incluindo problemas na elaboração das provas, na relação de nomes de candidatos nos locais das provas e incidentes isolados. Dois deles chamam a atenção: num caso um candidato teria feito uso de calculadora e em outro uma "caneta-espiã" foi utilizada dentro da sala de aula. Além disso, há outros relatos de pequena monta. O caso grave denunciado na ação impetrada pela promotora diz respeito a um candidato que teria atuado como fiscal nas provas aplicadas em 11 de dezembro passado, e na semana seguinte, no dia 18, prestou os exames.
Entre todos os que se sentiram lesados, nenhum alcançou média para ser aprovado no concurso. Por outro lado, o "fiscal-candidato" passou. Segundo a fonte do EXTRA DE RONDÔNIA, todas as denúncias são justificáveis, e no caso do candidato supostamente favorecido a exclusão dele da lista dos aprovados resolve o problema. O informante ainda explicou que nenhuma das acusações atinge a Prefeitura Municipal, e sim a empresa que realizou o certame.
A partir da notificação oficial pela 2ª Vara Civil da Comarca de Vilhena, que aconteceu na manhã desta quarta-feira 25, a prefeitura tem prazo para apresentar contestação. Por sua vez, o Judiciário tem 30 dias para ajuizar o processo. Por enquanto o concurso permanece suspenso, incluindo as provas práticas que seriam realizadas neste final de semana.