Acre - Atacadista diz que não tinha leite vencido em seu depósito

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Foto: Divulgação

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*O empresário Francisco Alves Osório, o Chicão, dono do Atacadão Rio Branco - Exportação e Importação Ltda - negou ter mandado adulterar data de vencimento do leite em pó Itambé. Classificou as denúncias de seu ex-empregado, Gilson de Lima Galvão, como um ato desprovido de qualquer credibilidade. O atacadista disse que trabalha com a empresa de lacticínios há 10 anos e que não é o único distribuidor do produto em Rio Branco. *Francisco Alves apresentou uma relação de Notas Fiscais com as datas de compras do leite carimbadas pela Secretaria da Fazenda (Sefaz), comprovando tecnicamente a numeração do lote e sua respectiva validade. Consta na documentação, apresentada pelo empresário, que o penúltimo carregamento de Itambé foi comprado no dia 5 de agosto de 2005 - lote denunciado por Gilson - cujo prazo de validade vencerá em agosto deste ano. A reposição do estoque regulador, também comprovado em Nota Fiscal, a compra foi efetuada em 27 de março deste ano, portanto, sua validade prescreve em março de 2007. *Para Chicão, as denúncias de Gilson Galvão são improcedentes. "Ele agiu de forma desprovida de credibilidade", frisou. O empresário confirmou que Gilson foi desligado do quadro de funcionários de sua empresa após se envolver em um acidente de trânsito no dia 18 de maio, quando na ocasião esmurrou um dos gerentes do atacadão e em face da agressão sofreu demissão sumária. *Inspeção - Conforme o Laudo de Inspeção Sanitária 4.665 da Secretaria Municipal de Saúde, não foi encontrado nenhuma alteração nos produtos citados na denúncia. Chicão rechaçou com indignação as insinuações de Gilson Galvão de haver acordo entre ele (Chicão) e fiscais sanitários. Acrescentou que na próxima semana chega em Rio Branco técnicos da Itambé, com a missão de lavrar um laudo técnico sobre o lote de leite em questão. *Segundo Chicão, durante a inspeção foram encontrados 5.080 quilos de produtos vencidos, sendo a maior parte trigo da marca Tia Nena. Ele garantiu que os produtos estavam em processo de quarentena para ser destruído por ordens da fabricante, a indústria Moinho Sete Irmãos, sedia-da em Uberlândia (MG). "As investigações do Ministério Público vão esclarecer todas as dúvidas", disse. *Esclarecimento - "O Atacadão Rio Branco esclarece a população e em especial aos seus clientes que é uma empresa atacadista que possui internamente um rigoroso controle de qualidade de seus produtos. Há mais de 15 anos atende empresários de Rio Branco e região, com o compromisso de fornecer produtos da melhor qualidade com prazos e preços justos, visando o bom atendimento da população em geral. *"Em nenhum momento foi encontrado leite vencido nos depósitos desta empresa, fato constatado no local por equipe jornalística deste veículo, quando da inspeção efetuada pela Vigilância Sanitária em nossas dependências na quinta-feira 25 de maio no período da manhã e não na sexta-feira como foi afirmado na matéria. Isso prova a forma que a denúncia foi direcionada e condenatória", disse Francisco. *Trigo vencido - "Sobre o trigo encontrado em nossos depósitos, este não estava sendo comercializado e já estava na iminência de ser substituído, após autorização expedida pelo engenheiro de alimentos Emanuel Éber Rodrigues, enviado pela indústria Moinho Sete Irmãos. Documentos comprovam a veracidade das informações acima citadas. *Infelizmente, acusações gratuitas uma vez publicada têm efeitos praticamente irreversíveis, mas salientamos que serão adotadas todas as providências cabíveis para reparação dos prejuízos que nos foram causados. "Nada pode ser questionado enquanto o laudo não ficar pronto", argumentou o empresário. *A assessoria do Atacadão informou que atualmente a empresa possui mais de 80 funcionários (diretos) e gera pelo menos outros 50 empregos indireto. "Laudos técnicos de inspeção sanitária e de órgãos federais como o INMETRO comprovam, que possuímos em nossa empresa qualidade de nossos produtos, inclusive Notas Fiscais que deixam claro à impossibilidade de comercializarmos produtos vencidos", declarou o assessor.
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