As reclamações sobre o sistema de agendamento para emissão da nova Carteira de Identidade Nacional (CIN) estão se acumulando. Como contou
Rondoniaovivo em reportagem recente, um grande número de pessoas tem dificuldade em agendar o serviço utilizando o Portal Cidadão do Governo de Rondônia.
Enquanto populares não conseguem vaga para exercer cidadania, ‘despachantes’ pedem dinheiro em troca de vagas de agendamento. O Rondoniaovivo recebeu, de diversas fontes, denúncias sobre terceiros que cobram entre R$ 10 a R$ 35 para agendar o serviço. A Polícia Civil de Rondônia, ao ser questionada pelo jornal, disse que a prática não constitui crime e classificou a cobrança como ‘serviços de despachante’.
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No Amazonas, onde o sistema de agendamento é o mesmo utilizado em Rondônia, o tal ‘serviço de despachante’ motivou a polícia local a apreender computadores e celulares. A PC/RO, entretanto, afirma que aqui não há investigação em curso. O órgão disponibilizou canais para denúncias de irregularidades.
Problema sistêmico (e sistemático)
O Rondoniaovivo ouviu pessoas de cinco municípios de Rondônia. Moradores de Cacoal, Nova Mamoré, Vilhena, Candeias do Jamari e Porto Velho enfrentam dificuldades para acessar o serviço de emissão da CIN. Todos registraram perfis que vendem o agendamento.
Como mostrou o jornal, os ‘despachantes’ do agendamento pedem do ‘cliente’ os documentos pessoais para realizar o serviço – que deveria ser gratuito, mas, na prática, tem barreiras monetárias se levarmos em consideração a renovação de certidões de nascimento e a taxa dos ‘despachantes’.
Fontes ouvidas pelo jornal classificaram como ‘impossível’ e ‘muito difícil’ conseguir agendar por conta própria a emissão do documento. Duas pessoas contaram para a reportagem que desistiram de tentar conseguir o agendamento por causa da dificuldade.
Fora da reportagem, internautas também reclamaram do sistema. Por ironia do destino ou não, os únicos perfis que não reclamaram do Portal do Cidadão foram os sujeitos oferecendo serviços de despachante.