EDUCAÇÃO - Rede Estadual de Ensino está sem professor de português

Da Redação

17 de Junho de 2014 às 09:58

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EDUCAÇÃO - Rede Estadual de Ensino está sem professor de português

Foto: Divulgação

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Mais de 130 alunos, na Escola Jovem Gonçalves Vilela, em Ji-Paraná, estão prejudicados.

Desde o dia 18 de maio, 135 alunos que estão cursando o 3º Ano do Ensino Médio da Escola Estadual de Ensino Médio Jovem Gonçalves Vilela, em Ji-Paraná, estão sem aulas de Língua Portuguesa. Segundo os alunos, a Coordenadoria Regional de Ensino (CRE), responde que não há professor disponível e que não há nenhuma previsão para a contratação de um profissional, já que a Legislação não permite contratações em período eleitoral.

Os alunos que cursam o último ano escolar do Ensino Médio, serão avaliados em novembro pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), onde poderão utilizar a nota obtida para participar de programas do governo federal, como o Sistema de Seleção Unificado (Sisu) e o Programa Universidade para Todos (Prouni), para cursarem o Ensino Superior. Gramática, Literatura e a Redação estão inclusas dentro da matéria de Língua Portuguesa na Rede Estadual e, somam 40% das áreas de conhecimento do Enem.

“A falta de professor já é um grande problema, porque já é um aprendizado a menos. Nesse caso, sendo de português é pior ainda, haja vista que é a matéria mais cobrada em concursos e vestibulares e muita gente depende disso. Sem falar nas redações que vale boa parte da nota. Então, creio que a falta do professor de português traz muitos prejuízos para nós estudantes que querem e que vão atrás de um futuro”, contou a estudante Julia Andrade, 17 anos, aluna do 3º ano A.

Para Julia, os prejuízos serão enormes, pois mesmo com as reposições de aulas, o conteúdo não será repassado com a mesma qualidade do que no decorrer do bimestre, pois as reposições são ministradas, com o objetivo de “acelerar” o conteúdo, e dessa maneira concluir o currículo escolar. Segundo ela, as aulas devem ser ministradas com o objetivo de aprendizagem, exigindo o máximo dos alunos.

EXPLICAÇÕES DA CRE

Em reunião com alguns representantes dos alunos, a CRE, respondeu que há algumas contratações emergenciais de professores em andamento, porém, não estava previsto a falta de professor de Língua Portuguesa na escola, e em decorrência desse imprevisto não há no referido processo de contratação que iniciou em fevereiro, a admissão de um profissional graduado em Língua Portuguesa. Entretanto, a Coordenadoria informou aos alunos que os profissionais emergenciais que serão contratados poderão substituir algum professor graduado na área de Língua Portuguesa, que estão lotados em matérias que não corresponde à sua graduação, e assim encontrar algum professor para a escola.

A CRE informou ainda, que se o Estado tiver que contratar um professor emergencial, o processo licitatório só poderá começar após as eleições, em outubro (entre 60 e 90 dias). O antigo professor de Português da Escola Jovem Gonçalves Vilela pediu exoneração em decorrência da posse em um concurso público no estado do Mato Grosso do Sul.

Em dados extraoficiais os representantes da CRE, falou aos alunos que somente no primeiro semestre de 2014, houveram 31 pedidos de exonerações no regional de Ji-Paraná. Esses pedidos se dão pela participação de professores em concursos públicos, onde encontram em outras instituições como o Instituto Federal de Rondônia, Caixa Econômica Federal e a Polícia Civil e Militar, cargos com maior valorização de salários. Ainda, cerca de 180 profissionais se encontram de licença Médica ou Maternidade.

PROFESSORES PRECISAM DE RECONHECIMENTO

“O problema não está só no salário, mas na falta de reconhecimento. Além de ser um trabalho muito cansativo e que exige muito dos que exercem a área, o salário muito abaixo do "merecido" faz com que todo esse trabalho não seja devidamente recompensado, fazendo com que muitos professores desistam da educação e mudem pra uma área melhor e valorizada”, opinou a estudante Gabrielly Santos, 16 anos, aluna do 3º ano A.

Na última quinta-feira (12), a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), divulgou uma lista dos candidatos convocados do concurso para professores realizado em janeiro de 2013 para habilitações específicas. No entanto, a CRE não informou aos alunos e a Escola, se algum dos candidatos será destinado para a Unidade Escolar.

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