Parlamentares de Rondônia e sindicato dos seringueiros conversam com o governo

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Foto: Divulgação

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A bancada dos deputados federais de Rondônia e o sindicato dos soldados da borracha estiveram, ontem, reunidos com a Ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, no Palácio do Planalto, para cobrar do governo federal a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional nº 556/2002, a chamada PEC dos Soldados da Borracha, que iguala a aposentadoria dos seringueiros aos ex-combatentes da 2º guerra mundial.

Durante a reunião, o deputado Amir Lando (PMDB-RO) disse a ministra que hoje mais de seis mil soldados da borracha estão vivos, porém eles vivem em situação difícil e não recebem uma aposentadoria digna. “O governo se comprometeu em analisar novamente a PEC, e aqui fizemos um discurso muito firme e em favor dessa classe tão sofrida, que certamente teve mais mortes em toda Amazônia do que os ex-combatentes na guerra. Portanto a nossa batalha aconteceu mesmo no Norte do País, onde mais 35 mil pessoas perderam suas vidas. Isso deve ser levado em conta para reparar essa enorme injustiça. É preciso uma melhoria na aposentadoria dos seringueiros, para que eles possam levar adiante e com dignidade os últimos dias de suas vidas”, afirmou o parlamentar.

Na ocasião, o Sindicato dos Soldados da Borracha e Seringueiros do Estado de Rondônia, que luta pelos soldados da borracha dos estados do Acre, Amazonas e Pará cobrou da ministra um posicionamento de dois ofícios que foram encaminhados ao governo federal, que solicita em caráter de urgência, a votação da PEC 556/2002. “Nós estamos aqui reivindicando um direito de centenas de milhares de trabalhadores da borracha, que foram abandonados na floresta amazônica pelo governo por décadas, em situação de extrema pobreza e sem as mínimas condições de vida”, cobrou o vice-presidente do sindicato, George Telles.

A ministra Ideli Salvatti confirmou uma reunião para a próxima terça-feira no Palácio do Planalto com os ministros da Fazenda, Planejamento, Casa Civil, Relações Institucionais, Previdência, do Trabalho e Emprego e da Secretaria-Geral da Presidência para apresentar uma contraproposta à categoria dos soldados da borracha. “O governo vai fazer um levantamento do impacto financeiro nas contas públicas para dar prosseguimento a PEC 556 na Câmara dos Deputados”, disse a ministra Ideli Salvatti.

Antônio Barbosa da Silva, 89 anos, é um soldado da borracha do Estado da Bahia e que foi convocado para trabalhar no território de Rondônia em 1942. Aposentado há 16 anos, ele representa os seringueiros que lutam pela equiparação da aposentadoria aos dos ex-combatentes da guerra. “Estou há 70 anos esperando uma resposta do governo, que nos deve conta alta. Durante a convocação para trabalhar na extração de látex, o governo prometeu uma série de benefícios, como moradia, educação, assistência médica, indenização às famílias e a garantia de retorno dos seringueiros às suas cidades de origem”, contou.

Atualmente, os seringueiros recebem um salário de R$ 1.356,00. A PEC iguala a remuneração mensal dos soldados da borracha aos ex-combatentes da 2º guerra, que hoje recebem R$ 4.500,00. “Estamos pedindo hoje que se faça justiça pelo tempo que trabalhamos, sem nenhuma assistência do País”, disse o ex-soldado da borracha Antônio Barbosa da Silva.

Na saída, o deputado Amir Lando elogiou a reunião e a classificou como de grande importância para os seringueiros. Militante, há anos, no mês passado o parlamentar apresentou um requerimento de inclusão na ordem do dia, solicitando que o Plenário da Câmara apreciasse a PEC 556/2002.

Além do deputado Amir Lando (PMDB-RO), estiveram presentes na reunião com a ministra, os parlamentares Nilton Capixaba (PTB-RO), Carlos Magno (PP), Anselmo de Jesus (PT-RO) e o senador Ivo Cassol (PP-RO).
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