FACÇÃO RELIGIOSA: Novo grupo criminoso chega ao Acre e torna ameaça para Rondônia

O TCP já é a terceira força do crime no Brasil e expande disfarçada de atuação religiosa evangélica

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Foto: PC-RJ

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Um movimento silencioso, mas extremamente organizado, vem redesenhando o cenário da segurança pública no Norte do país: a expansão do Terceiro Comando Puro (TCP), facção que se apresenta com estética e linguagem religiosa para fortalecer seu domínio territorial. Conhecida nacionalmente como a “facção evangélica”, o grupo mistura símbolos cristãos, discursos moralizantes e práticas violentas estratégia que a transformou na terceira maior força do crime no Brasil, atrás apenas do Comando Vermelho (CV) e do Primeiro Comando da Capital (PCC).
 
A presença do TCP no Acre, amazonas e Pará já é considerada consolidada por investigadores. E o avanço até as fronteiras de Rondônia preocupa autoridades, que veem sinais concretos de aproximação e risco de entrada do grupo no estado. Entre os indícios estão pichações com a “Estrela de Israel”, símbolo amplamente associado ao TCP, e relatos de ataques a terreiros e espaços de religiões de matriz africana  características já observadas em outros territórios dominados pela facção. 
 
Do Rio para a Amazônia: expansão estratégica e camuflada
 
No Rio de Janeiro, onde o TCP nasceu, a facção chamou atenção nacional ao imprimir sua marca religiosa em áreas sob seu controle, como no Complexo de Israel, em Parada de Lucas. A enorme Estrela de Davi em neon erguida numa caixa d´água na comunidade se tornou símbolo do grupo, que explora referências bíblicas para consolidar sua autoridade e conquistar aceitação social.
 
Mesmo após operações policiais que derrubaram estruturas de luxo, capelas clandestinas e símbolos da facção, o TCP segue ampliando sua rede de influência. Hoje, já está presente ou mantém alianças em pelo menos nove estados:
 
Rio de Janeiro
São Paulo
Paraná
Santa Catarina
Minas Gerais
Pernambuco
Bahia
Amazonas
Pará
 
É no Norte, porém, que o avanço é mais agressivo e mais silencioso.
 
Amazônia: terreno fértil para o novo modelo de expansão
 
Com presença confirmada no Amazonas e no Pará, o TCP aproveita a geografia amazônica para se fortalecer. Rios que funcionam como corredores logísticos, comunidades ribeirinhas vulneráveis e a ausência histórica do Estado criam um ambiente ideal para o avanço do crime organizado.
 
A facção disputa áreas com o Comando Vermelho e com grupos regionais, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), aumentando a tensão em regiões urbanas e rurais. Em vários pontos, o TCP replica práticas registradas no Rio: imposição de normas religiosas, ataques a terreiros e pressão para que a comunidade adote códigos de conduta baseados em sua interpretação fundamentalista da fé.
 
Chegada ao Acre: último passo antes de Rondônia
 
Nos últimos dois anos, o Acre tornou-se uma peça-chave para o avanço do TCP no Norte. A proximidade com Rondônia, a facilidade de circulação entre cidades fronteiriças e a expansão por rotas usadas tradicionalmente por outras facções acenderam alertas.
 
Fontes ligadas à segurança pública relatam que a facção já testa formas de infiltração social, inclusive por meio de líderes que se passam por pastores ou missionários. Essa camuflagem religiosa tem sido uma das ferramentas mais eficazes do grupo e uma das mais difíceis de combater.
 
Camuflagem como igreja: o disfarce que abre portas
 
O discurso religioso adotado pela facção tem objetivos estratégicos:
 
reduzir a desconfiança da população ao se apresentar como “defensora da comunidade”;
 
mascarar encontros e rituais, confundindo-os com cultos e atividades religiosas;
 
atrair jovens e famílias vulneráveis;
 
dar aparência de legitimidade às lideranças, que circulam como pastores ou conselheiros.
 
Essa tática cria uma “blindagem simbólica” que dificulta investigações e favorece a expansão do grupo sem levantar alertas imediatos.
O risco para Rondônia
 
Com o TCP implantado no Acre e já articulado no Amazonas, especialistas afirmam que Rondônia está no centro da rota natural de crescimento da facção. Caso o grupo avance sobre o estado, o impacto pode incluir:
 
aumento de conflitos com facções já presentes;
maior pressão sobre comunidades periféricas;
escalada de crimes ligados ao tráfico;
expansão de discursos e práticas de intolerância religiosa;
implantação de códigos de conduta e domínio territorial.
 
Autoridades locais veem o cenário como uma ameaça real e crescente e apontam que a resposta precisa ser antecipada, integrada e baseada em inteligência.
Crime travestido de fé: o novo desafio da segurança pública
 
A ascensão do TCP revela um modelo preocupante de crime organizado: moderno, híbrido e capaz de usar a religiosidade como arma de poder. A facção renova métodos, redesenha seu marketing criminal e explora a fé como ferramenta de convencimento, coerção e domínio.
 
À medida que se aproxima de Rondônia, o alerta se intensifica. A combinação de vulnerabilidade social, fronteiras abertas e Estados amazônicos historicamente fragilizados cria o ambiente ideal para que grupos como o TCP cresçam — e se escondam  diante dos olhos da população.
 
No fim, para as comunidades afetadas, a equação é a mesma: medo, silêncio e a presença crescente de um poder paralelo que se disfarça de fé, mas opera pela força.

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