SESSÃO PIPOCA – "Qual seu número?" e "Sherlock Holmes 2" - Confira trailers
Foto: Divulgação
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“Qual seu número?” – Por Neuma Oliveira
Hoje estreia a Coluna Sessão Pipoca. Toda sexta-feira vamos indicar dois filmes, um em DVD e outro em cartaz no cinema, para aqueles que ficam meio indecisos na hora de escolher.
Refiro-me ao mote do filme “What’s your number?” ou “Qual seu número?” que conta a história de Ally Darling, uma jovem moderna, descolada e divertida, que embarca numa busca totalmente maluca e inesperada. Ally lê uma pesquisa na revista Marie Claire que afirma que a média “normal” de parceiros sexuais de uma mulher é 10,5 e que mulheres com mais de 20 parceiros tem uma probabilidade quase zero de se casar. Ela se desespera ao perceber que o número de rapazes com quem se relacionou é exatamente esse. Então decide não aumentar seu número até encontrar o cara ideal e parte numa divertida busca por seus ex, na esperança de que um deles possa ser a metade de sua laranja. Quem a ajuda nessa empreitada é Colin, seu vizinho mulherengo, e com quem Ally vai descobrir muito mais do que o paradeiro dos seus ex.
Ally e Collin são um contraste com pontos em comum: ele é o vizinho mulherengo, gostoso, divertido, desencanado, que só faz o que quer e Ally a garota “vadia”, divertida, que está perdida entre quem é e quem acha que deve ser e vive encanada com a opinião alheia. Esse contraste rende ótimas cenas e várias gargalhadas. Mas o ponto em comum entre eles poderia render uma boa discussão: a vida íntima de Colin e Ally, o fato dele ser muito mulherengo é encarado de forma normal enquanto Ally é rejeitada por ter alguns parceiros a mais que a média.
Uma das coisas que me chamou mais atenção no filme foi a forma divertida como o moralismo e a imposição do modelo feminino ideal é retratado. Ally, por mais moderna e livre que seja, demonstra que casar ainda continua sendo o sonho, mesmo que oculto, das mulheres modernas e que mulheres com uma vida sexual intensa são esteriotipadas e rejeitadas. Essa imposição vem na pessoa da mãe, que tem como padrão de perfeição a outra filha, Deisy, que é “certinha” e não aceita quem a filha mais velha é de verdade por considerá-la o contrário de seu ideal. Essa imposição gera um conflito em Ally, que sacrifica seus desejos tentado se encaixar nos padrões sociais para tentar agradar à mãe.
Além disso, o estilo de vida desligado de Colin, interpretado por Chis Evans, (Quarteto Fantástico e Capitão América) rende várias cenas com ele pelado ou só de cueca, o que é um prato cheio aos olhos. Meninos, não se preocupem, Anna Faris (Ally) também aparece só de lingerie algumas vezes, mostrando um corpo super em forma. E é o desapego de Colin que fará com que ela perceba quem é de verdade.
Pra quem gosta de dar muitas risadas o filme é uma ótima indicação (confesso que fazia tempo que não ria tanto com uma comédia desde "Se beber não case"), além disso, possui ótima fotografia e uma trilha sonora com vários clássicos que dão à trama um tom ainda mais divertido.
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“Sherlock Holmes 2 – O Jogo de Sombras”– Por Marcos Souza
O equilíbrio da ação, com a lógica de raciocínio do personagem Sherlock Holmes serviu como um mote preciso e estético para o estilo do diretor inglês Guy Ritchie (ex-marido da cantora Madonna e diretor de dois filmes geniais: “Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes” e “”Snatch, Porcos e Diamantes”) , que continua impressionando na combinação precisa no uso da câmera lenta, com ação quase ininterrupta e uma edição caprichada, por vezes rápida e no ponto para realçar detalhes incríveis.
Seguindo a mesma estética do primeiro filme de 2009, que tinha um roteiro inteligente e servia para introduzir o espectador no universo de Sherlock Holmes, modernizando-o, mostrando suas habilidades como ótimo boxeador, químico, estudioso de criminologia e o uso freqüente do raciocínio lógico, prevendo ações e deduzindo como ninguém mais o faria, esta continuação mantém a qualidade e vai além, a ação é acapachante, de tirar o fôlego em muitos momentos. Robert Downey Jr., assim como o fez com Tony Stark (Homem de Ferro) se diverte com o personagem e parece estar em um parque de diversões, de tão à vontade. Junto com o ator Jude Law, que faz um preciso e comedido Dr. Watson, a combinação é perfeita. As tiradas, jogos de palavras e deduções dos dois amigos e investigadores sobressaem nos diálogos afiados e muitas vezes irônicos.
Nesse segundo filme o vilão é o tradicional Professor Moriarty (Jared Harris), que conduz um plano de intriga e que acaba levando Sherlock a se envolver de forma pessoal no caso quando alguém especial na sua vida morre de forma trágica. Ele é obrigado a se aliar a ciganos e tentar escapar com vida das armadilhas montadas pelo vilão.
Não se pode revelar muito da trama para não estragar algumas surpresas, mas o fio condutor ocorre quando o príncipe herdeiro da Áustria é encontrado morto, onde suspeita-se tratar de suicídio, porém Sherlock Holmes deduz que se trata de um assassinato e vai em busca de meios para provar que o crime é a chave de um quebra cabeças montado com precisão pela vilania do gênio de Moriarty.
Curiosamente o filme tem como um dos roteiristas o saudoso Sir Arthur Conan Doyle, criador do personagem, porém vale ressaltar que o seu nome apenas serviu para inspirar a história, a multiplicidade dos ambientes criados nos livros do detetive e seus personagens. Outra curiosidade é que a famosa frase de Sherlock para Watson, “Elementar, meu caro Watson”, nunca e dita, e que poderia até mesmo ter sido explorada como um dos fatores da construção do personagem.
O filme ainda está cartaz nos cinemas da cidade e vale a pena assisti-lo, diversão segura.
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