EXCLUSIVO - Brasileiros expulsos da Bolívia passam necessidade no Brasil enquanto aguardam morosidade do Incra

"Se estamos lá estamos correndo perigo. Se estamos aqui estamos abandonados, mas pelo menos no rio Mamu nós temos o que comer", relatou o seringueiro Piedade".

Da Redação

08 de Julho de 2010 às 13:53

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EXCLUSIVO - Brasileiros expulsos da Bolívia passam necessidade no Brasil enquanto aguardam morosidade do Incra

Foto: Divulgação

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O seringueiro brasileiro Luís Piedade, expulso da Bolívia por zafreros bolivianos do rio Mamu, procurou o professor Marquelino, líder do projeto Ecocidadania de uma escola estadual no distrito de Extrema para pedir ajuda. Segundo relata o seringueiro, está havendo muita demora por parte do governo Brasileiro em realizar o reassentamento dos seringueiros no estado do Acre.

A área destinada aos brasileiros fica localizada no trecho que liga Rio Branco a Brasiléia e a expectativa é que o INCRA possa finalmente realizar este trabalho.

Em virtude da demora do Governo Federal em resolver o problema fez com que vários Seringueiros retornassem para o Rio Mamu em busca de sobrevivência. '' O jeito que tem é nós arriscar a vida ", disse o seringueiro Luís Piedade.

Em novembro do ano passado o INCRA esteve em Extrema de Rondônia a mando da Presidência da República para acompanhar de perto o desfecho final do repatriamento dos seringueiros, mas infelizmente até agora o problema não foi solucionado.

O INCRA foi representado pelo senhor Gerson Beoter da base de Santarém do Pará e pelo chefe da unidade avançada de Brasiléia, Guilherme Bibiano. "Se estamos lá estamos correndo perigo. Se estamos aqui estamos abandonados, mas pelo menos no rio Mamu nós temos o que comer", relatou o seringueiro Piedade".

O professor disse que irá manter contato com o INCRA de Brasília para saber como anda o desenrolar do processo de reassentamento dos Brasilianos. "A morosidade é muito grande e os seringueiros não podem mais esperar", finalizou o Professor Marquelino.

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