Presidente do Ipam se enrola na hora de explicar contratos com fornecedores e valores de contas telefônicas absurdas – Por Valdemir Caldas

Presidente do Ipam se enrola na hora de explicar contratos com fornecedores e valores de contas telefônicas absurdas – Por Valdemir Caldas

Presidente do Ipam se enrola na hora de explicar contratos com fornecedores e valores de contas telefônicas absurdas – Por Valdemir Caldas

Foto: Divulgação

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O presidente do Ipam, João Herbety Peixoto dos Reis (cunhado do prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho, do PT), compareceu ao plenário da Câmara Municipal, na noite de segunda-feira, para tentar esclarecer rumores sobre sua administração.
 
Antes de começar a se explicar, Beto mandou distribuir uma cartilha aos vereadores (por sinal, muito mal elaborada), mostrando como e de que maneira o Ipam vem aplicando os recursos oriundos dos fundos de assistência à saúde e da previdência social. Só se esqueceu de apresentar cópias dos estratos bancários. E foi cobrado pelo vereador Ramiro Negreiros.
 
Beto até que se esforçou para tentar convencer os presentes de que o Ipam atravessa um de seus melhores momentos, mas tropeçou nas evidências. E não foram poucas às vezes em que pisou na bola. Precisou ser socorrido, pelo líder do prefeito, vereador Marcelo Reis, que teve uma tarefa difícil.
 
Beto não conseguiu esclarecer, por exemplo, por que, com tanto dinheiro no caixa da assistência médica, o Ipam não tem, dentre outras especialidades, psiquiatras e nefrologistas, é só tem uma alergologista para atender mais de vinte mil segurados e dependentes.
 
Quando conseguia responder alguma coisa, a platéia, composta, em sua maioria, por diretores do Ipam, convidados (?), estrategicamente, para a ocasião, ia ao delírio. Um deles parecia que estava sentindo orgasmo múltiplo.
 
Mas, foi na hora de falar sobre os contratos celebrados entre o Ipam e prestadores de serviços, como limpeza, segurança e informática, além dos valores absurdos das contas telefônicas para uso particular de diretores, que Beto se enrolou todo, chegando, inclusive, a ser admoestado pela vereadora Ellis Regina (PC do B), por haver repassado uma relação de vinte e quatro contratos, pagos com recursos da assistência médica, sem os respectivos valores.
 
Entretanto, o ponto alto da reunião foi a explanação do vice-presidente do Conselho Municipal Previdenciário, professor Zenildo. Segundo ele, tudo o que Beto tem dito a respeito do Ipam, é muito bonito. Só que, prática, a realidade é completamente diferente.
 
O conselheiro criticou a cota mensal de celular, no valor de quatrocentos reais, e o uso de carros oficiais, por membros da diretoria. Disse que não há ata de reunião sobre os atos administrativos e que o Ipam transformou-se, hoje, numa autocracia (forma de governo na qual uma única pessoa detém o poder supremo).
 
Com Beto emparedado, sem saber o que fazer, a saída foi agendar outra reunião, para a próxima semana, no gabinete da presidência da Câmara. Assim, o cunhado de Sobrinho terá mais tempo para arejar as idéias e pensar melhorar no que vai dizer aos vereadores, principalmente, de onde o Ipam vem retirando tanto dinheiro para cobrir despesas com fornecedores e pagar comissionados.
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