Painel político (Raupp empregou assessor corrupto por ato secreto) – Alan Alex

Velha raposa

Em maio de 2006, durante a Operação Castores, da Polícia Federal, o então assessor do senador Valdir Raupp, José Roberto Parquier foi preso por envolvimento em corrupção nas estatais do setor elétrico. Na época, o senador disse que demitiria Parquier de seu gabinete. E fez isso. Só que em seguida contratou o rapaz para a Liderança do PMDB através de um ato secreto do Senado. Parquier só foi demitido em 15 de maio de 2008, ou seja, 2 anos depois e ele recebia, durante esse período, um salário de R$ 7,6 mil. O documento foi assinado pelo hoje diretor-geral, na época diretor adjunto, José Alexandre Gazineo.

E ele sabia

Valdir Raupp sabia de tudo. Ele que encaixou o rapaz na liderança do PMDB no Senado (Raupp era o líder) e o manteve até sua demissão. Resta saber se Parquier realmente foi demitido ou relotado em outro gabinete ou função. Se bobear, é diretor de alguma coisa por lá. As informações foram passadas pelo jornalista Leandro Cólon, do Estado de São Paulo com exclusividade para a coluna Painel Político.

OAB Nacional

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Britto, disse ontem que qualquer senador que tenha tomado conhecimento dos mais de 500 atos administrativos secretos que não foram publicados no Boletim administrativo do Senado e sabia que eles estavam produzindo efeitos - como criação de cargos, pagamento de aumentos salariais, horas extras, entre outros - mas nada fez, ficando omisso, deve ser responsabilizado política, cível e criminalmente.

E continuou

- Se as investigações concluírem que determinado senador sabia que tal ato secreto estava produzindo efeito, ou seja, que era secreto para outros, mas não para ele e seus beneficiários, o senador tem que ser responsabilizado - observou Britto, completando:- E se houve da parte do senador a consciência clara de que era um ato doloso, de lesão ao erário, envolve a hipótese de apropriação indébita; enfim, tudo tem que ser devidamente investigado. As declarações foram dadas ao jornal O Globo.

Problemático

A população de Rondônia precisa dar um basta na carreira política de Valdir Raupp. Tem que parar de se deixar enganar. Quando Raupp deixou o governo, os salários estavam atrasados a 3 meses. As demissões ocorridas no Governo Bianco foram culpa de Raupp, que inchou a máquina administrativa. Ele também foi o responsável pela quebra do Banco do Estado de Rondônia e sua administração foi marcada por dezenas de escândalos. No Senado ele continua aprontando. Ao manter um funcionário corrupto através de um ato secreto da Mesa Diretora, demonstra que tem rabo preso com o mesmo. Se apertar, o Parquier abre o jogo.

Ainda Brasília

Quem está na Capital Federal é o candidato ao senado derrotado nas últimas eleições Acir Gurgacz.  O “cascavel” como é “carinhosamente” chamado por seus funcionários está ansioso para tomar a vaga de Expedito Júnior no Senado. A sessão do Tribunal Superior Eleitoral está marcada para iniciar às 19 horas (horário de Brasília).

Expedito

O senador Expedito Júnior vai acompanhar a sessão do TSE. Júnior declarou a coluna que tem sua consciência tranquila, “fiz e estou fazendo meu trabalho e por isso tenho minha consciência limpa. Não sei o que vai acontecer nas próximas horas. Acredito na justiça divina, assim como na dos homens”, declarou o senador.

Júnior

O senador passou parte da manhã e início da tarde desta terça-feira reunido com seus advogados.

Perde a população

Sendo muito justo, Expedito pode ter uma série de defeitos, mas comprovou que tem peito e coragem para trabalhar. Desde que assumiu o cargo provou isso encampando diversas lutas em prol de Rondônia. Caso perca o mandato, quem mais vai perder será a população de Rondônia que vai ter que se conformar com Acir Gurgacz defendendo seus próprios interesses.

Luta continua

Expedito Júnior solicitou, através de seus advogados, a instauração de um inquérito à Polícia Federal, para apurar o esquema supostamente montado por Gurgacz com o intuito de acusa-lo, e ao governador Ivo Cassol, de comprar votos dos vigilantes da empresa Rocha. Júnior quer que o inquérito seja instaurado em Brasília, já que foi lá que as “testemunhas” teriam cometido perjúrio.

Problemas de segurança

A situação anda tensa em Porto Velho, principalmente no que diz respeito a segurança pública. As mulheres dos policiais militares devem realizar, nesta quarta-feira, pela manhã, uma grande manifestaçãoem frente ao Palácio Presidente Vargas, sede do governo do Estado. A partir das 8 horas elas já devem estar por lá. Uma das principais reinvindicações é o cumprimento da Lei 1941, de 18 agosto de 2008, que institui o adicional de posto de graduação para os Militares.

Segurança II

Caso não haja negociação, o que é bem provável que aconteça, elas ameaçam endurecer o jogo, como fizeram ano passado, proibindo a saída de viaturas e até mesmo escondendo a farda dos maridos. Mais uma vez, o maior prejudicado é a população, que fica à mercê da própria sorte. Ninguém me tira da cabeça que tem dedo (e mãos) do PT nessa história.

Muita coincidência

Interessante o fato de que, dias depois do prédio do Ministério Público ser alvejado por tiros e outro ônibus ser incendiado, a Câmara de Vereadores decida não regulamentar a profissão de mototaxista. Os vereadores estão nadando contra a corrente. E a falta de regulamentação propicia ainda os mototaxis piratas. Esse round foi vencido pelas empresas de ônibus.

Pegando carona

Demorou, mas Roberto Sobrinho resolveu falar. E disse bobagem. Acompanhado do vereador José Hermínio resolveu visitar o motorista de ônibus que teve parte do corpo queimado durante o atentado da semana passada. Na ocasião, declarou que a culpa da violência é do governador Ivo Cassol. Sobrinho só esqueceu de dizer que se não fosse sua lerdeza e falta de bom senso,  nada disso estaria acontecendo. Os obstáculos criados pela prefeitura para a implantação do serviço de mototaxi foram os responsáveis pelos distúrbios ocorridos na Capital nos últimos meses.

Prisão

Mário Calixto, o ex-todo poderoso empresário do setor de comunicações em Rondônia está com a prisão decretada. Ele foi condenado a 7 anos e 10 meses de prisão em regime semi-aberto. O mandado partiu da Justiça Federal no Espírito Santo. Como Mário está foragido, seus advogados deverão ser citados da sentença.

Abate

Os frigoríficos JBS e Margen estão entre as empresas investigadas pela Polícia Federal na Operação Abate, deflagrada nesta terça-feira, que tem como objetivo desbaratar "um importante grupo econômico com sede em Mato Grosso que seria responsável pelo pagamento de propinas a servidores públicos (...)". Os detalhes de como isso vinha sendo feito não foram divulgados.

Cidadão honorífico

João Gonçalves Filho, proprietário do supermercado Irmãos Gonçalves, foi indicado pelo deputado Tiziu Jidalias a receber o título de Cidadão Honorífico do Estado de Rondônia. Mineiro de Monte Belo, João Gonçalves migrou para Jaru em 1975 e em 1977 montou, junto com o irmão, uma pequena empresa que mais tarde viria a se tornar o Supermercado Irmãos Gonçalves, que atualmente conta com oito lojas.

Não caiu

O preço dos eletrodomésticos da linha branca (como geladeiras e máquinas de lavar) tiveram uma redução em função da não cobrança de IPI por parte do Governo Federal. Nas regiões Sul e Sudeste houve um aumento na venda desses produtos, mas aqui em Rondônia parece que os proprietários de lojas esqueceram de repassar aos consumidores essa redução. Os preços continuam altos e não dá para perceber a diferença.