O escandaloso crime praticado contra os cofres públicos federais pela Uni Engenharia é maior do que se imaginava. A empresa ligada a políticos petistas do sudeste brasileiro e que ficou famosa na capital ao “executar” a obra da duplicação da Avenida Vieira Caúla não terminou as obras de drenagem da zona leste, mas os recursos federais foram todos depositados na conta.
A UNI Engenharia e Comércio Ltda, através do contrato N° 112/PGM/2006 com valor de R$ 10.778.614,92 iniciou os “trabalhos” de drenagem em 2006 em período contratual de 12 meses. Os recursos aportaram em Porto Velho graças ao convenio com o Ministério das Cidades, através do programa de urbanização, regularização e integração de assentamentos precários.
As ruas que seriam beneficiadas são: rua Idalva Fraga Moreira trecho da rua Amazonas até Alexandre Guimarães, rua Antonio Violão, trecho da rua Amazonas até a rua Caúla, rua Aripuanã – trecho da rua Amazonas até a rua Oscarito, rua Mario Andreazza, trecho da rua União até a rua Jose Amador dos Reis, rua Azenha, rua Antonio Moreira Fraga, trecho da Igreja até o córrego, rua Benedito Inocêncio, trecho da rua União até a rua Mamoré e na rua Aruba, antiga Princesa Izabel.
Nestes locais que se encontram todos com as obras paralisadas, hoje não mais identificáveis, já que a administração de Roberto Sobrinho retirou as conhecidas placas vermelhas “Esta é mais uma obra para você”, o que se vê é o abandono, valas abertas, mato e muita lama.
Além de terem praticado todo tipo de sordidez na prestação dos serviços, com sub-dimensionamento de tubulação, erros de calculo de vazão, pontos sem tubulação enterrada e outras situações criminosas, a Caixa Econômica Federal depositou em 2008, durante o pré eleitoral, o restante do valor do contrato, mesmo estando a obra parada há mais de dois anos.
De acordo com sistema de acompanhamento de obras da Caixa Econômica Federal o contrato foi assinado em 26 de maio de 2006. a publicação do referido contrato no D.O.U. ( Diário Oficial da União) foi somente em 23 de dezembro de 2008, mais de dois anos após a celebração oficial. Sua vigência expira em 30/12/2009. A última medição foi feita já em 2009, mais precisamente no dia 15 de janeiro.
Ainda de acordo com a Caixa Econômica Federal, a obra possui apenas 29,52% executado e está atrasada. Mesmo assim, o projeto de drenagem recebeu do Governo Federal todo quase todo o valor da obra em quatro parcelas. (Veja quadro abaixo)
Em 2006 receberam 1.976.325,00, pagamento feito no dia 21/12, através da Ordem Bancaria 0905534.
Com a obra abandonada, sabe-se lá como, no ano passado, antes do período eleitoral, praticamente o restante do valor contratual foi depositado através de Ordens Bancárias.
Em junho do ano passado, a CEF liberou três parcelas. No dia 03/06 levaram do erário R$ 1.208.025,00 através da OB 0900377 e mais R$1.097.850,00 com a Ordem Bancária de N° 0900378.
No final do mês, a CEF liberou outros R$ 5.467.800,00, através da OB 0900547 do dia 24/06.
Resta saber onde estão estes recursos. Ainda em conta (bloqueados) ou foram pagos á UNI? Quem fez o pagamento na CEF deve ser investigado. As autoridades municipais também devem explicações. Com a palavra o Ministério Público Federal e TCU – Tribunal de Contas da União, fiscais diligentes da lei.