POLÍTICA & MURUPI - Por Léo Ladeia

Da Redação

18 de Junho de 2008 às 16:29

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Foto: Divulgação

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FRASE DO DIA “Vamos trabalhar para levar o caso às últimas conseqüências” – Deputado Federal Fernando Gabeira do PV sobre a tentativa do Senado de inocentar Renan Calheiros no Conselho de Ética. Pauta política de 01 a 10 01-Analisando o baculejo: Tinha mais federal do que pirata e a Avenida Sete virou uma armadilha. A cantilena de que todos têm que trabalhar começou, mas, por trás do comercio ilegal, existe muito mais que simples CDs e DVDs, a fachada de um negócio invisível que envolve muito mais coisas. À noite o comércio pirata já estava de volta e a explicação vem de fundamentos econômicos onde a lei de oferta e procura também é fachada das chagas enraizadas que passam pela educação, bolsa família, inchaço das cidades, crescimento pífio e injustiça social. Dureza. 02-Alguém sabe onde fica o garimpo? A policial rodoviária federal que foi presa com diamantes contrabandeados, não tem idéia do rolo que aprontou. Ao puxar a lata da base, fez a pilha desmoronar. Ontem começaram as ameaças. O governador Cassol, segundo o site Tudorondônia, prometeu entregar um dossiê com nomes de envolvidos, o que soa estranho, pois se existe, tal dossiê já deveria ter sido entregue. Mas o governador pode explicar, mesmo sem acessar a reserva, como é que as máquinas e diesel chegam ao garimpo. No dia que alguém contar o que sabe, o desmantelo vai ser grande. Aliás, desmantelo só é bom quando é grande. 03-A teia da aranha alagoana: Foi do próprio Renan a informação que usava um amigo que é lobista, para levar dinheiro à gestante, mãe de sua filha. Disse também que o dinheiro era da sua criação e comércio de gado e que as vendas eram feitas por um funcionário público da prefeitura onde seu irmão é prefeito. Foi o próprio Renan que apresentou ao Conselho de Ética as notas fiscais frias para comprovar as mentiras. Como um sofisticado suicida, Renan se envolve com a teia e fecha a saída, enquanto o Senado busca, sem encontrar no dicionário, o significado da palavra decoro. 04-Usina geradora parada: A Bolívia informou que a remessa de gás para Cuiabá foi reduzida. O aviso foi na hora em que a carga máxima de 480 megawatts da usina foi solicitada. Com a demanda do sistema e a falta de matéria-prima as luzes piscaram. A usina de Cuiabá que parou é a segurança do sistema elétrico nacional e sem ela, tudo pode acontecer. Pior: o consumo está em alta. E enquanto o país come pela mão da Bolívia, sentados, assistimos a discussão sobre o gasoduto de Porto Velho, o linhão de Vilhena e as licenças das hidrelétricas do Madeira. 05-Usina geradora de notas frias: Técnicos da Secretaria de Fazenda de Alagoas disseram que Renan Calheiros usou um esquema de notas frias que é conhecido em Alagoas e que é investigado desde 2003. O esquema utilizado com freqüência por políticos e empresários, já teria produzido mais de R$ 10 milhões em operações fraudulentas. As fraudes eram tão conhecidas que eles se surpreenderam ao constatar que as empresas GF da Silva Costa e Carnal Carnes Alagoas constavam da prestação de contas de Calheiros. As duas empresas, de fachada e registradas em nome de laranjas, já foram alvo de investigação da Secretaria de Fazenda, durante período de 2003 até março de 2005. A PF entrou de cabeça na investigação. 06-Morrendo de velha: A reforma política deu sinais de que subiu no telhado. Depois da reviravolta da quarta feira pintou um clima de que tudo fica como dantes no quartel de Abrantes, sem lista fechada nem financiamento público. Chinaglia marcou para amanhã uma reunião com os líderes dos partidos e sonha com um acordo que, por ora, é irrealizável. Embora discuta a reforma política há treze anos, a Câmara não sabe o que fazer com ela. Todos dizem que o sistema atual “apodreceu”. Mas o entendimento esboçado para alterá-lo empacou no voto em lista. Um típico caso de velhice precoce. 07-Encarando o carrasco: Surpreendente o caso PT. O partido fechou questão em torno da reforma política, ordenou aos seus deputados que votassem a favor do projeto relatado por Caiado, sob pena de punições que tanto podem ser a advertência como a expulsão e sem mais nem menos, 37 dos 83 deputados do PT resolveram encarar o carrasco e foram contra o voto em lista. A reforma política pulverizou a dicotomia política de governo e oposição em função de uma coisa maior: A sobrevivência política conseguiu juntar todo mundo num lado só, mas o barco continua afundando. 08-Entregando a rapadura: O governo concluiu o anteprojeto para as greves de funcionários públicos. O texto exige de que paralisações de qualquer categoria sejam aprovadas por dois terços dos integrantes, e a manutenção de 40% de atividade, do contrário, o governo estará autorizado a contratar trabalhadores temporários. Nas paralisações consideradas abusivas, os dias parados serão descontados do salário dos funcionários. Aqui vem o golpe: o texto será negociado com as centrais sindicais, antes de ser enviado ao Congresso. Tradução: muito papo e pouca ação. Não vai para o trono. 09-Nada. Nadica. Nenhumzinho: Responsável pelo julgamento das maiores autoridades do país, o STF abriu, desde 1968, 137 processos criminais contra deputados, senadores, ministros e até contra presidentes da República, mas não condenou um deles sequer. As acusações vão do desvio de verbas públicas e evasão de divisas a até homicídios. Há processos que tramitaram por mais de uma década sem conclusão. O ministro do STF Joaquim Barbosa admite que o tribunal não tem estrutura para julgar o volume de ações que chega à mais alta corte do país anualmente. Pergunta óbvia: E para que existe esse tal de STF a tão alto custo? 10-Batendo à porta: O Ministério Público Federal do Mato Grosso do Sul vai oferecer hoje a denúncia contra 27 pessoas ligadas à máfia dos caça níqueis, que exploravam o jogo em quatro estados. No meio da curriola, duas figuras que passamos a conhecer mais de perto nesses últimos dias. Dário Morelli Filho, compadre do presidente Lula e seu companheiro no jogo de tranca e Genival Inácio da Silva, o Vavá, segundo o próprio presidente, um ingênuo. Vavá é irmão do presidente. Mais perto, só dentro. Contato - leoladeia@hotmail.com

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