O consórcio liderado pela empreiteira Odebrecht pode ir à Justiça para contestar o resultado do leilão da usina hidrelétrica de Jirau, vencido na última segunda-feira pelo consórcio liderado pela Suez Energy, de acordo com a Folha de S.Paulo.
As mudanças feitas no projeto da hidrelétrica, no rio Madeira, em Rondônia, seriam os motivos da contestação.
A diferença de preço que garantiu a vitória ao consórcio Energia Sustentável do Brasil - que, além da Suez, conta com Camargo Corrêa, Eletrosul e Chesf- foi obtida por meio de alterações no projeto, não contempladas na licença prévia concedida pelo Ibama.
Ainda segundo o jornal, as modificações teriam permitido redução de cerca de R$ 1 bilhão nos custos da obra. A construção da hidrelétrica deverá custar cerca de R$ 8,7 bilhões.
A mudança seria um deslocamento de 9 km do local da usina, que inicialmente estava prevista para ficar na corredeira de Jirau. Outra alteração prevê uma área de alagamento maior no rio.
Procurada ontem pela Folha, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que o consórcio Energia Sustentável do Brasil não pediu autorização para qualquer tipo de modificação no projeto, mas poderá pedir autorização para mudanças.
O grupo apresentou a menor tarifa para a venda de energia, de R$ 71,40 por megawatt-hora, em um deságio de 21,54% do teto, fixado pelo governo em R$ 91. A usina terá 3,3 mil megawatts de capacidade instalada e deverá gerar energia a partir de 2013.