Bueiro entupido e lixo acumulado causam transtorno na frente da Esplanada das Secretarias

em pleno centro da cidade, funcionários das secretarias são flagrados jogando lixo no meio da rua. Lixo se junta a água que escorre do Sesc deixando um cheiro fétido em toda a via.

Da Redação

11 de Abril de 2008 às 09:28

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Bueiro entupido e lixo acumulado causam transtorno na frente da Esplanada das Secretarias

Foto: Divulgação

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Em pleno centro administrativo da capital, um bueiro, localizado no cruzamento das avenidas Presidente Dutra e Pio XII, próximo a Esplanada das Secretarias e do Sesc Esplanada está entupido há anos, prejudicando acesso de pessoas e ainda contraria a legislação ambiental. A partir deste cruzamento a Presidente Dutra é tomada pela água de esgoto que se junta ao lixo acumulado pelas secretarias proporcionado à população um odor desagradável, poluindo assim o meio ambiente. De acordo com a estudante e filha do proprietário de uma banca de revista localizada no referido cruzamento, Elis Morena Marinho, e ainda vários funcionários públicos ouvidos pela reportagem, que trabalham nas Esplanadas, o problema vem ocorrendo há bastante tempo. A estudante vai mais longe e acredita que a água que toma boa parte da avenida vem da piscina do Sesc Esplanada. Aristeu Sales, proprietário de uma lanchonete há mais de 10 anos ao lado da Esplanada, disse que desde o início de seu trabalho sempre foi do mesmo jeito e nunca viu a prefeitura tomar providências para o bueiro e para o lixo que os funcionários do Estado que trabalham nas secretarias estão jogando na rua próxima a calçada. ( ver foto capa) Uma funcionária que trabalha no complexo das Secretarias disse que os próprios funcionários já passaram por constrangimento devido a água que sai da piscina do Sesc e do lixo que certo funcionários estão jogando na beira da calçada, pois, os trabalhadores sujam os pés com a água que é misturada com lixo resultando no mau cheiro nos calçados dos funcionários que trazem para dentro dos respectivos departamentos. Um servidor público chegou afirmar que já viu uma colega tomar um banho, quando um carro passou correndo e levantou a água de esgoto. “Ela teve que voltar para casa para trocar de roupa”, afirmou o servidor. SESC No Sesc, o gerente da instituição, Severino José da Costa Neto, explicou que o sistema de encanação da unidade envia para o bueiro a água das chuvas e da limpeza da piscina. Mas, Neto discordou da informação da estudante de que a instituições é responsável pela água que escorre diuturnamente na via. O gerente reconheceu apenas que houve um transtorno nesta semana, quando “ um funcionário esqueceu o filtro da piscina ligado e a água escorreu para a rua. Mas este problema já foi sanado”. Na Esplanada da Secretarias, o que chama a atenção é o fato de um dos prédios em que os servidores convivem diariamente com a água e o lixo é o da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa). Na secretaria, a gerente técnica da autarquia, Mirlene Souza mostrou surpresa ao ver as imagens feitas pela reportagem. A gerente ainda afirmou que aquela situação é um problema da Vigilância do Município, porém reconhece que a Agevisa em nenhum momento tomou qualquer atitude em alertar os gestores do município responsáveis pela fiscalização para tomarem alguma atitude. SECRETARIAS Após várias tentativas de conversa com o secretário municipal de Obras (Semob),Sebastião Valadares, veio a informação de sua secretária pessoal que Valladares só poderia conceder explicações à imprensa na semana que vem. Na Secretaria Municipal de Meio Ambiente ( Sema), o secretário Avenilson Gomes da Trindade, disse por telefone a reportagem que a destinação inadequada de efluentes líquidos em vias públicas é contra as normas ambientais e a instituição seria notificada. FOCOS DA DENGUE Outro comerciante do ramo de alimentação que não quis se identificar com medo de represálias disse para reportagem que a água que vem do Sesc e o lixo que os funcionários estão jogando na rua estão prejudicando sua ligação com o cliente e principalmente com a questão ambiental. O comerciante acredita que a água parada pode causar dengue e o lixo atrair ratos e baratas causando outras doenças mais graves. O mesmo ainda disse que antes tinha um contêiner onde os funcionários jogavam o lixo, mas, a prefeitura tirou do local. Porém, mesmo quando o lixo é coletado, os resíduos que são jogados sem acondicionamento acabam ficando para trás, facilitando o aumento da água empossada, inclusive da chuva, o que pode contribuir para a formação de focos do mosquito que transmite a Dengue (Aedes Aegypti). Em uma das fotos tirada no lixo durante esta semana é possível ver um pneu jogado no meio do entulho que está com água acumulada da chuva. RETIRADA DO CONTÊINER Segundo Emiliano Marinho, gerente da empresa Marquise em Porto Velho, o contêiner foi retirado do local por ordem do secretário da Semusb (Secretaria Municipal de Serviços Básicos), Jair Ramires, pois, de acordo com Emiliano o contêiner servia de lixeira geral, ou seja, os funcionários jogavam o lixo da secretaria das esplanadas e as pessoas que moram por perto também jogavam vísceras de animais domésticos e silvestres e ossos de boi. Tudo isso causava mau cheiro e uma presença constante de urubus no contêiner. De acordo como gerente , foi por isso que Jair Ramires pediu que a Marquise retirasse o contêiner. Conforme Emiliano Marinho para solucionar este fato o governo do estado deve criar sua própria lixeira em um ambiente seguro, pois, só assim servidores, usuários do serviço público e comerciantes não sofreriam com supostos criminosos ambientais. Mesmo assim, o gerente garantiu que todas as noites o caminhão coletor de lixo passa na frente das Esplanadas. Porém é possível visualizar todos os dias a mesma coisa: muito lixo e água empossada.

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