Cinco delatores já disseram que doação oficial era propina

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Foto: Divulgação

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As investigações da Operação Lava-Jato já contam com 18 colaborações premiadas e uma análise feita pelo GLOBO dos depoimentos já disponibilizados pela Justiça revela que há muitos pontos coincidentes nas delações, o que tem ajudado os investigadores a avançar na produção de provas sobre o esquema de desvio de recursos da Petrobras para executivos da estatal, políticos, empresários e lobistas.
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa - FÉLIX R./Futura Press / Agência O Globo
Os delatores Augusto Mendonça, Ricardo Pessoa, Pedro Barusco, Eduardo Leite e Gérson Almada confirmaram, por exemplo, que pagaram propina através de doações formais para campanhas eleitorais. Mendonça é dono da Setal Engenharia, Pessoa é dono da empreiteira UTC, Leite é ex-vice-presidente da construtora Camargo Corrêa, Almada é ex-vice-presidente da Engevix, e Barusco é ex-gerente de Serviços da Petrobras. Eles assinaram acordos de delação premiada com a Justiça para revelar como funcionava o esquema e, em troca, devem ter suas penas reduzidas. O dono da UTC e coordenador do cartel das empreiteiras investigado pela Lava-Jato foi o último dos delatores a confessar esse artifício para abastecer campanhas do PT, PMDB e PSDB.
Outros oito delatores apontam que o ex-tesoureiro do PT pedia dinheiro em troca de contratos com a estatal. Essa afirmação foi feita pelo doleiro Alberto Youssef, pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, pelo ex-consultor da Toyo Setal Julio Camargo, pelo ex-presidente da construtora Camargo Corrêa Dalton Avancini, e também por Leite, Pessoa, Barusco e Mendonça.
As coincidências ainda reduzem dúvidas sobre a prática de cartel, que ainda não foi denunciada pelo Ministério Público à Justiça, a utilização de consultorias para disfarçar propinas e, principalmente, o vício de licitações, contratos e aditivos na estatal. Dos primeiros acordos, do ex-diretor Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef, ao mais recente, do lobista Milton Pascowitch, as narrativas tendem a coincidir, embora existam contradições.
Costa e Youssef, por exemplo, divergem em pelo menos oito pontos. Entre eles, sobre um repasse de R$ 2 milhões à campanha de Dilma Rousseff em 2010, a pedido do ex-ministro Antonio Palocci. A defesa dos executivos e empresas exploram essas contradições e combatem a legitimidade da delação. Até a presidente Dilma já criticou dizendo: “não respeito delator”.
 
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