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Passado o ano de 2019, em diversas conversas com amigos, vira e mexe ainda surge a seguinte pergunta: o governo Bolsonaro é um governo militar? Sempre respondo que não, e baseio o meu entendimento na seguinte premissa: se ele fosse médico, estaria rodeado de médicos; se fosse bacharel em Direito, advogados e juízes estariam ao seu lado; e vamos lembrar que os dois últimos presidentes estiveram cercados de “cumpanheiros(as)” de tristes jornadas passadas, o que quase levou o País ao fundo do poço.
Verdade que nos primeiro, segundo e terceiro escalões do governo Bolsonaro temos sim militares preparados, competentes e comprometidos com o Brasil, que compartilham os seus mesmos princípios e valores forjados numa tal Academia Militar das Agulhas Negras (que bela referência pras nossas universidades, hein?).
Mas voltando as FFAA, por que se encontra então soldados, marinheiros e aviadores espalhados em diversas missões, da Operação Acolhida em Roraima às incontáveis operações integradas nos dezessete mil Km de extensão da nossa faixa de fronteira terrestre; das misteriosas manchas de óleo no nosso maravilhoso litoral às infindáveis obras de Engenharia em rodovias, ferrovias e poços artesianos; e agora no convite a sete mil militares da reserva pra atacar (e vencer) as monstruosas filas do INSS?
Vamos então embasar essa resposta.
A principal missão das FFAA é a DEFESA DA PÁTRIA, escrito em nossa Constituição Federal.
Porém, outros instrumentos legais também ditam o emprego das FFAA, e, como exemplo, temos a LC 97/99 e suas atualizações. Surgem então as operações de garantia da lei e da ordem (GLO), que não devem ser confundidas com as ações de garantia de votação e apuração nos pleitos eleitorais; o tal poder de polícia na faixa de fronteira para o combate a delitos transfronteiriços e ambientais; o apoio de inteligência, logística, instrução e comunicações a outros órgãos em todo território nacional; a cooperação no desenvolvimento nacional etc.
Como o momento exige uma recolocação do trem nos trilhos, depois de mais de vinte anos de “desgovernos e desencontros”, cabe ao Comandante Supremo das FFAA a decisão de intervir ou não intervir no combate.
Se escolher por não intervir, talvez o tempo passe e o trem vá direto e de vez pro buraco.
Se escolher por intervir, isso pode ser total ou parcialmente. Essa dúvida poderá ser respondida, entre tantos outros aspectos, pela rapidez que se quer para a solução do problema, e pela quantificação tangível de resultados a alcançar, já que o principal cliente (a sociedade) vai cobrar.
Daí se vê nossos homens (e mulheres) de farda empenhados nessas missões, e sempre felizes e comprometidos com o excelente cumprimento da missão.
Se assim permanecer, a Nação agradece, e muito; contudo, o governo Bolsonaro e principalmente a sociedade não podem se esquecer daquele artigo 142, já que a garantia da nossa soberania frente a uma ameaça externa regional ou mesmo mundial vai impor a existência de FFAA preparadas, motivadas e com níveis de prontidão operacional e logística compatíveis com a potência que somos.
Desde Guararapes, quando brancos, negros e índios se uniram por um mesmo ideal na defesa de nossa terra, somos invencíveis e oxalá assim permaneçamos por mais vários e vários séculos.
Caxias, Tamandaré e Eduardo Gomes também agradecem.
Selva.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!