A eleição dos novos presidentes da Câmara e do Senado, prevista para 1º de fevereiro, também vai confirmar mudanças para as Mesas Diretoras das duas Casas. Os parlamentares vão escolher vice-presidentes, secretários e suplentes de secretários.
Na disputa para as presidências, dois nomes despontam como favoritos. O principal cotado para o comando do Senado e do Congresso é Davi Alcolumbre (União-AP), com apoio quase unânime na Casa. Ele tem ao menos 77 votos entre os 81 senadores considerando os partidos que já aderiram à candidatura dele.
Entre os deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) deve ser eleito o próximo presidente. O paraibano tem apoio que se aproxima dos 500 parlamentares. São praticamente todos os partidos da Câmara, com exceção do PSOL e Novo.
A vice-presidência é o segundo cargo mais importante das Casas e ficará sob o comando do PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, tanto na Câmara quanto no Senado. O partido é o maior do Congresso. O deputado que deve ser indicado é Altineu Côrtes (PL-RJ), atual líder do partido na Câmara. No Senado, o mais cotado é Eduardo Gomes (PL-TO).
O próximo cargo em nível hierárquico é a segunda vice-presidência, que tem uma função importante na relação com as câmaras estaduais. O posto é mais disputado até o momento em ambas as Casas.
Na Câmara, em tese, a cadeira ficaria com o União Brasil, pelos 59 deputados da legenda, mas a demora do partido em abrir mão de uma candidatura própria à presidência — o que acabou postergando um acordo com Hugo Motta — direcionou o cargo para o PP, que conta com 50 deputados. A expectativa é de indicação do deputado Lula da Fonte (PP-PE) para o cargo.
No Senado, o cargo pode ficar com o PT, conforme indicaram as negociações à época do apoio da legenda a Alcolumbre.
As demais cadeiras, tanto na Câmara quanto Senado, são negociadas entre partidos levando em conta os níveis hierárquicos. Veja as previsões de cada Casa:
Senado
Presidente: o nome a ocupar o cargo também vai presidir o Congresso Nacional. A função tem uma série de atribuições, em especial comandar reuniões entre líderes partidários, decidir a pauta de votação de cada sessão do Senado e do Congresso e impedir propostas de parlamentares que contrariem a Constituição. O principal candidato é Davi Alcolumbre (União-AP).
1º vice-presidente: responsável por substituir o presidente em caso de falta ou impedimento. O nome ficará com o PL, que deve indicar o senador Eduardo Gomes (TO).
2º vice-presidente: substitui o primeiro vice-presidente em caso de falta ou impedimento. A cadeira deve ficar com o PT, que deve escolher o senador Humberto Costa (PE).
1º secretário: o posto é voltado para funções institucionais ligadas a serviços administrativos e supervisão. A expectativa é de que o cargo fique com o maior partido da Casa, o PSD, que deve indicar Daniella Ribeiro (PB). O partido também deve ficar com a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
2º secretário: tem responsabilidade de escrever e registrar oficialmente tudo o que é discutido e decidido em sessões secretas, fazer a leitura dos documentos e assiná-los após o primeiro secretário. O mais cotado para o posto é Confúcio Moura (MDB-RO) que deixa a Comissão de Infraestrutura e Transporte que deverá ficar com Marcos Rogério (PL).
3º e 4º secretários: são responsáveis pela contagem de votos dentro do Senado, além de auxiliar o presidente em apuração de eleições, anotando nomes e organizando listas.
Para a 3ª secretaria, o favorito é Chico Rodrigues (PSB-RR). A 4ª secretaria deve ficar com o PP, que vai se decidir entre Laércio Oliveira (PP-SE) e Dr. Hiran (PP-RR).
Assim como na Câmara, existem quatro posições de suplente dentro do Senado. Os nomes também estão em negociação.