Prefeito Mauro Nazif e irmão Gilson pressionam famílias do assentamento Jardim Santana 3

Famílias do programa social Minha Casa, Minha Vida dizem que não suportam tanta humilhação

Da Redação

31 de Maio de 2013 às 14:52

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Prefeito Mauro Nazif e irmão Gilson pressionam famílias do assentamento Jardim Santana 3

Foto: Divulgação

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A informação foi repassada pelo presidente da Associação de moradores do assentamento Jardim Santana 3 “Unidos pela fé”, Gilmar Teixeira na manhã desta terça-feira (28) ao Presidente do Partido Ecológico Nacional (PEN51/RO) Kazan Roriz, por manifestar apoio quando as famílias estiveram acampadas em frente à Prefeitura de Porto Velho.

Segundo Gilmar, desde a última sexta-feira (24), os diretores da Construtora Casa Alta responsável pela construção das casas populares das famílias do assentamento, Chagas Neto, Cristian Camurça e Gilson Nazif, suposto dono da empresa querem levá-las para outra área que fica na estrada dos Periquitos, no bairro Ulisses Guimarães. “As famílias não aceitam sair do assentamento Jardim Santana, porque querem nos jogar nessa outra área como animais. Lá não tem o mínimo de estrutura urbana como ruas encascalhadas, água e energia elétrica”, declarou Gilmar.

Gilmar comentou ainda que apresentou a denúncia à Câmara Municipal de vereadores contra o secretário municipal de Regularização Fundiária Cristian Camurça e o procurador geral do Município Carlos Dobes, que entraram com reintegração de posse, alegando que a área do assentamento Jardim Santana 3 é do município. “Os vereadores Chico Lata e Jair Montes se comprometeram em levar a denúncia á Brasília, mesmo porque existe uma negociação entre o Gilson Nazif e alguns políticos da bancada federal de Rondônia em Brasília, supostamente envolvidos num esquema para travar a liberação de recursos federais que tem a disposição para construção de casas populares e infra-estrutura urbana. A comunidade do Jardim Santana 3 conta com o apoio do Partido Ecológico Nacional 51 em Rondônia a fim de garantir o direito a moradia como prevê a Constituição Federal”, desabafou Gilmar.

O presidente do PEN 51, Kazan Roriz ficou indignado com a situação e colocou a assessoria jurídica do partido em favor das famílias do assentamento Jardim Santana 3. “Não entendo o porquê de tanta burocracia envolvendo a liberação dos recursos do PAC destinados ao programa Minha Casa, Minha Vida, pois sabe-se que a contrapartida necessária para liberação dos recursos para os programas de construção de casas populares e infra-estrutura urbana é basicamente a doação da área. Temos o conhecimento de que já existe um valor disponível de aproximadamente R$ 600 milhões para o programa em Porto Velho, que depende apenas da boa vontade do prefeito Mauro Nazif de ir à Brasília assinar um contrato para a liberação do recurso”, destacou Kazan.

Enquanto isso as famílias continuam esperando por uma decisão nos barracões, sofrendo com a falta de assistência. “Não agüento tanta humilhação. Nem o prefeito, nem o presidente da Câmara de vereadores Alan Queiroz não estão se importando com ninguém. Também eles têm casa, estão no ar-condicionado. Para que se incomodar com a gente? Tenho 12 filhos e na época da eleição eu pedi a minha família para votar no doutor Mauro. Me arrependo, pois achei que ele iria nos ajudar, ou ao menos garantir uma casa do programa”, desabafou a aposentada Faraildes Lobato.

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