Receita Federal apreende máquinas injetoras que passavam por Porto Velho com notas fiscais frias; material está avaliado em mais de 3 milhões

Receita Federal apreende máquinas injetoras que passavam por Porto Velho com notas fiscais frias; material está avaliado em mais de 3 milhões

Receita Federal apreende máquinas injetoras que passavam por Porto Velho com notas fiscais frias; material está avaliado em mais de 3 milhões

Foto: Divulgação

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Uma operação da Receita Federal desmontou, ontem à tarde, um esquema fraudulento que enviava máquinas injetoras italianas, de Manaus para São Paulo, via Porto Velho, sem o pagamento dos impostos de Importação (II) e de Exportação (EX). Além do valor sonegado, que chega a soma de R$ 1.400.000,00, a ação da Receita Federal resultou na apreensão de oito máquinas injetoras, avaliadas em R$ 3.200.000,00. Emissão de notas fiscais falsas, simulação de operação de vendas, sub-faturamento e omissão de receitas foram as outras irregularidades detectadas pelo Fisco Federal.

O esquema começou a ser investigado pela Receita Federal, há cerca de um mês, após receber denúncia de que uma empresa de Manaus estaria promovendo a saída, do parque industrial da ZFM, de máquinas injetoras importadas, e que um desses equipamentos já estaria em Porto Velho. Feita a apuração, a Receita Federal constatou a veracidade da denúncia, além de descobrir que outras máquinas haviam sido enviadas para São Paulo.

O Esquema

A empresa de Manaus fez uma parceria com outra de São Paulo para produzir,  com as máquinas injetoras, em solo paulista, peças plásticas, como pára-choques de veículo, gabinetes de computadores, monitores. À empresa de São Paulo cabia produzir as mercadorias com as máquinas injetoras. Já a participação da empresa de Manaus era colocar as máquinas em São Paulo à disposição da sua parceira.

Sacramentado o negócio, que até então parecia tudo dentro da normalidade, a empresa de Manaus fechou acordo com uma terceira empresa, de pequeno porte, domiciliada em Porto Velho. Por esse acordo, a empresa de Manaus simulava a venda das máquinas à empresa de Porto Velho. Para completar, esta enviava as máquinas para São Paulo acompanhadas de notas fiscais falsas (recebia R$ 4 mil por nota) e, evidentemente, sem o devido despacho aduaneiro na Receita Federal.

Com esse esquema, a empresa de Manaus sonegou cerca de R$ 1.400.000,00 em impostos que seriam cobrados se a saída das máquinas tivesse ocorrido diretamente da capital amazonense para São Paulo. Vale ressaltar que a saída dos equipamentos da forma como foi efetuada equivale a contrabando.

Penalidades

A Receita Federal aplicará pena de perdimento às máquinas apreendidas, que serão leiloadas, cobrará multa de 100% sobre o valor declarado nos documentos falsos emitidos e fará representação dos infratores no Ministério Público para responsabilização pelos crimes cometidos contra a ordem tributária.

Coordenada pela Divisão de Repressão Aduaneira, a operação contou com a participação de 12 servidores da Receita Federal do Brasil, da 2ª e 8ª regiões fiscais.
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