Por Cícero Moura
Foto: Divulgação
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Antes mesmo de 2018, a Venezuela começou a passar por momentos críticos de instabilidade política, econômica e social, acarretando um êxodo de milhões de irmãos venezuelanos para outros países, incluindo o nosso Brasil.
Situado no extremo norte do nosso território, mergulhado em denúncias de corrupção interna que perduram até os dias de hoje, Roraima agravou um processo de colapso em suas estruturas que exigiu uma intervenção, no seu sentido mais clássico, do Estado Brasileiro para acolher pessoas desassistidas e até vulneráveis que buscavam (e ainda buscam) dignidade e esperança. Surgiu então a Operação Acolhida em março daquele ano.
Tendo uma estrutura de governança que abrange diversos ministérios e a participação de mais de cem instituições e organizações nacionais e estrangeiras, era necessário o ordenamento urgente da fronteira; paralelo a isso, o que fazer para abrigar homens, mulheres e principalmente crianças que chegavam (e ainda chegam) em solo brasileiro, muitas vezes somente com a roupa do corpo, largados em praças e esquinas de Pacaraima e Boa Vista? As respostas imediatas foram (e ainda são) capitaneadas pelo “bom e velho” Exército de Caxias, com a Força Tarefa Logística Humanitária.
Assim, vencido aquele primeiro momento, considerando o nosso espírito acolhedor e as leis brasileiras que são bastante permissivas para a questão migratória (será que isso é bom?), veio então a necessidade de interiorização daqueles que, devidamente controlados, pudessem ser integrados social e economicamente em qualquer ponto de nosso território. E já são mais de 30.000 venezuelanos interiorizados nesses dois anos de operação.
Se pode então resumir que a Operação Acolhida é um conjunto relevante de entregas humanitárias, reconhecida mundialmente como exemplar e premiada por diversos organismos internacionais, sendo motivo de orgulho para a sociedade brasileira que, lamentavelmente, desconhece (ou faz vista grossa) para tudo aquilo que de fato enaltece o nosso País.
Oxalá que essa crise humanitária, que não há como se encerrar em curto prazo, não se espalhe para outras áreas sul-americanas, pois novas operações acolhidas poderão sobrecarregar um Brasil que finalmente caminha numa direção de prosperidade.
Por Cícero Moura
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