O Protocolo de Diagnóstico da Depressão em Adulto (PDDA), que poderá ser utilizado por profissionais de saúde de diversas áreas
Foto: UNIR
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O egresso do Mestrado em Psicologia da Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Fagner Alfredo Ardisson Cirino Campos, sob orientação do professor doutor Fábio Biasotto Feitosa, docente do departamento de Psicologia, elaborou um protocolo inédito com o objetivo de facilitar o diagnóstico da depressão em pessoas adultas.
Trata-se do Protocolo de Diagnóstico da Depressão em Adulto (PDDA), que poderá ser utilizado por profissionais de saúde de diversas áreas, em clínicas, hospitais, unidades básicas de saúde (UBS), unidades de pronto atendimento (UPA) e até mesmo nos centros de atendimento psicossociais (CAPS), facilitando e agilizando o diagnóstico e, consequentemente, o tratamento da depressão.
A pesquisa, que é a dissertação de mestrado de Fagner, já foi publicada na forma de artigo intitulado “Elaboração de um protocolo para o diagnóstico da depressão”, disponível neste link, e como livro, “Protocolo de Diagnóstico da Depressão em Adulto (PDDA)”, pela Editora Appris.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgados em 2017 apontam que a depressão é a maior causa de incapacitação de trabalhadores no mundo. Segundo o pesquisador Fagner Campos, atualmente, o diagnóstico de um paciente com depressão atendido em um CAPS, em Porto Velho, leva em média 60 dias para ser finalizado. Se for levado em consideração todo o períodoanterior em que o paciente foi atendido por profissionais não capacitados para diagnosticar a doença, o risco torna-se ainda maior, pois o paciente pode ficar sujeito às complicações da doença que, nos casos mais graves, pode levar ao suicídio.
Fagner Campos explica que pesquisas realizadas nos Estados Unidos comprovam que para cada dólar investido no diagnóstico e tratamento da depressão, economiza-se cerca de quatro dólares para o sistema de saúde. Ou seja, além de ser prejudicial para o paciente, o diagnóstico tardio é também mais oneroso para a administração pública.
“A depressão é um transtorno mental que, quanto mais cedo eu conseguir rastrear, mais fácil será o tratamento e melhor será o prognóstico, a evolução desse paciente”, alertou o pesquisador.
Sobre o PDDA e o diagnóstico da depressão
Foi com o intuito de acelerar esse processo, entre o diagnóstico e o efetivo tratamento, que Fagner Campos elaborou o PDDA, “um teste psicométrico bem estruturado e fácil de operacionalizar que auxilia o profissional de saúde a identificar o mais rápido possível um paciente que tenha depressão”.
Basicamente, a depressão pode ser classificada como leve, moderada e grave, e abrange três sintomas básicos: humor deprimido ou tristeza persistente; aumento da fadiga ou perda de energia mental e física; e perda de interesse e prazer na diminuição de atividades. A doença apresenta também oito sintomas chamados de acessórios, que a partir do momento em que acompanham determinado sintoma básico, é possível classificarem o nível em que a doença se apresenta. Os principais sintomas acessórios são: perda de apetite; perturbação no sono; baixa atividade; baixa autoestima e autoconfiança; baixa atenção e concentração; pensamentos sobre se autolesionar; pensamentos suicidas; sentimento de inutilidade e culpa; e visões desacreditadas e pessimistas em relação ao futuro.
O PDDA foi estruturado com base na literatura disponível sobre a doença e relaciona os três sintomas fundamentais da depressão e os oito sintomas acessórios. Com o auxílio do PDDA e investigando o histórico do paciente, o profissional poderá diagnosticar mais rapidamente a doença e encaminhá-lo para uma instituição de referência que dará continuidade ao tratamento.
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