DETRAN/RO poderá entrar em greve dia 24 por falta de condições de trabalho, servidores e PCCR

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Foto: Divulgação

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Em assembléia geral realizada nesta segunda-feira (03), os servidores do Departamento Estadual de Trânsito de Rondônia (DETRAN/RO) deliberaram por paralisação por tempo determinado a partir do próximo dia 24, caso até esta data a categoria não tenha uma proposta favorável da direção da autarquia quanto às principais reivindicações. O Sindicato dos Servidores do DETRAN/RO (SINSDET/RO) informa as questões específicas são a revisão do Plano de Cargo Carreira e Salários (PCCR), melhorias das condições de trabalho, realização de concurso público visto a necessidade de se aumentar do número de servidores em detrimento à ao aumento da demanda de serviço além da questão do reajuste salarial, que é geral para todos os servidores.

O presidente do SINDEST/RO, Carlos André, explica que o PCCR, elaborado durante as gestões anteriores do Sindicato, não contou com a participação total e ciência de todos os servidores e que este gera atualmente muitas insatisfações, como por exemplo, a situação de mais de setecentos servidores que tiveram seus cargos extintos e não foram readequados em outro novo. Ele frisou que a maioria dos servidores que estão nessa situação, entraram no órgão através do ultimo concurso realizado em 2007. Outra reivindicação é sobre a necessidade de aumentar o número de servidores, atualmente de 1.300 incluindo os comissionados; pois este quadro foi definido em 2007 e desde então a frota de veículos de Rondônia dobrou, duplicando a quantidade de demanda de serviço a ser prestado pelos servidores.

O SINDEST/RO esclarece que não há condições de trabalho, além do número reduzido de servidores, o que pode comprometer qualidade do serviço prestado, falta equipamentos e materiais de expediente e a maioria das instalações físicas são inadequadas, a exemplo do pátio de veículos apreendidos, cujo galpão não tem sistema de ventilação, não há iluminação e falta até mesmo extintores de incêndio, o que compromete a segurança dos servidores que laboram no local. Em todo Estado há unidades em precárias condições de funcionamento e a autarquia não investe adequadamente na manutenção e nem em ampliação das instalações. O SINDEST/RO informa ainda que o DETRAN/RO é o setor do governo que percentualmente mais têm comissionados, estima-se que cerca de 30% do quadro; sendo que a Casa Civil do Governo informou na semana passada que a média é de 5% em todo Poder Executivo.

Uma grave denúncia do SINDEST/RO é sobre a negligência da administração do DETRAN/RO com o sistema de informática, pois a autarquia possui apenas um servidor que armazena todos os dados da frota e informações como CNH e multas, sendo que o padrão mínimo exigido para garantir a segurança desse tipo de sistema é de três servidores, em locais diferentes, como cópias de segurança. Um exemplo do risco que se corre é a atual falha no sistema, que desde o último dia 22 de maio teve um HD (arquivo digital) queimado, com perda de todas informações nele contida, afetando todo um setor de atendimento, que está tendo que ser feito manualmente. A direção do autarquia não presta nenhuma informação à população sobre o problema.

Em reunião realizada na manhã desta terça-feira (04), com o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Itamar Ferreira, o presidente do SINDEST/RO fez uma exposição sobre a situação atual do Sindicato e da categoria e solicitou apoio para buscar uma negociação efetiva coma a Direção do DETRAN/RO, que evite a necessidade da greve. " Após varias reuniões com a diretoria do DETRAN/RO desde janeiro de 2013, onde por diversas vezes foram expostas as necessidades de nossa categoria, decidimos por optar pela paralisação como ultima medida e ainda assim, procuramos dar um prazo de vinte dias para que a Diretoria Geral da Autarquia repense quanto ao posicionamento e traga alguma proposta concreta para as reivindicações visto que cobramos apenas condições de trabalho justas que irão refletir diretamente na qualidade do serviço prestado a população”, ressaltou Carlos André.

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