Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) os Garis são os profissionais da limpeza que recolhem o lixo das residências, indústrias e edifícios comerciais e residenciais, além de varrer ruas, praças e parques. Também capinam a grama, lavam e desinfetam vias públicas.
Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, o Brasil produz, em média, mais de 90 milhões de toneladas de lixo por ano e cada brasileiro gera, aproximadamente, 500 gramas de lixo por dia, podendo chegar a mais de 1 kg, dependendo do local em que mora e do poder aquisitivo.
Estudos realizados com os garis apontam para importância do trabalho desses profissionais tanto para a saúde e bem estar da sociedade, como para as questões de saneamento básico de uma cidade e o seu embelezamento. Mas também sabemos, o quanto essa classe de trabalhadores é desvalorizada, realizando suas atividades de trabalho de uma forma árdua, sujeitos a todos os tipos de intempéries climáticas, com mínimas condições de trabalho, expostos constantemente aos mais variados tipos riscos e preconceitos. (SANTOS, 1999)
A palavra Gari começou a ser utilizada para denominar os homens que atuavam na coleta de lixo ainda na época do Brasil Império, em homenagem a Pedro Aleixo Gari, um empresário francês contratado pela Corte Brasileira para organizar o serviço de limpeza da cidade do Rio de Janeiro, em 1876. Com o tempo, os funcionários que trabalhavam para Pedro Aleixo passaram a ser conhecidos como a “turma do Gari” ou simplesmente, Garis.
O Dia do Gari 16 de maio foi instituído pela Lei nº 212, de 31/10/1962 decretada pela Assembléia Legislativa do estado da Guanabara. A decisão visava prestar reconhecimento à árdua, perigosa e difícil missão daqueles que integram o Departamento de Limpeza Urbana. O autor do projeto foi o Deputado Danilo Nunes e foi sancionado pelo governador Carlos Lacerda, sendo comemorada pela primeira vez em 1963.
Regiane Santos e José Dílson ela com 13 anos de profissão e ele com 12, estão casados e se conheceram na lida do dia a dia. O casal tem um filho que hoje tem 13 anos. Regiane e José apresentam suas vassouras na Avenida Prefeito Chiquilito Erse ( Rio Madeira) entre a Avenida Vieira Caula e a BR 364, em Porto Velho entre as 18 e 23 horas, em uma via com grande movimento, chegando a colocar em risco os profissionais da limpeza pública. Ambos concluíram o ensino médio, gostam da profissão e não reclamam dos salários, acham razoável comparando com outras ocupações.
Para o casal a profissão é importante, pois tentam manter a cidade limpa, mas reclamam muitas vezes da falta de educação e colaboração da população na hora de jogar o lixo, como também a falta de lixeiras. Para Regiane a sociedade ainda discrimina a categoria, principalmente quando estão uniformizados, conclama ela “... que parasse de olhar o gari como o próprio lixo... se sairmos com uma roupa diferente ninguém perceberia que trabalhamos como garis, somos iguais a todos sem diferenças, finaliza”.
Sebastião Jorge e Eliene Viana que trabalham no mesmo trecho, sempre educaram seus filhos que lixo se joga no lixo (educação ambiental) e perdem a sociedade mais respeito, educação e valorização ao importante trabalho.
Meus parabéns e respeito aos profissionais da limpeza pública.
Professor Ruzel Costa leciona na Escola Ênio dos Santos Pinheiro, Colégio Objetivo, Faculdade Faro e Colégio Interação Geo em Porto Velho - RO