PAINEL POLÍTICO – Polícia Civil pode deflagrar crise no governo Confúcio - Por Alan Alex

À venda

O senador Valdir Raupp está negociando a compra do jornal Folha de Rondônia. As conversas estão adiantadas e já está sendo feito um levantamento patrimonial para que a transação seja efetivada. O periódico atualmente está sendo comandado pelo empresário Ayres Amaral. O valor não foi revelado.

Crise

A Polícia Civil vai dar início a uma nova crise no governo Confúcio Moura. Mais uma. Este ano já tivemos crise na Saúde, na Polícia Militar (duas), na alimentação de presos e doentes e agora a Polícia Civil, que se revolta contra o secretário Marcelo Bessa devido a mudanças feitas pela reforma administrativa. Delegados e policiais não acreditam nas alterações que foram realizadas.

Explicando

Para se ter uma idéia, o policial que precisar atender uma ocorrência fora de seu município, receberá uma diária de R$ 120 se ele viajar com seu veículo. Se ele for com uma viatura, vai receber a metade desse valor, R$ 60. Ou seja, o governo não leva em conta eventualidades que possam ocorrer, como quebra e desgaste do veículo, acidentes e transporte de corpos e presos no carro do policial. Nenhum servidor público usa o veículo próprio em serviço. Além do mais, em Rondônia, hotel que cobra hospedagem de R$ 60, já viu né?

E mais

O valor das diárias de procuradores ou defensores é de R$ 250. Eles são considerados carreira jurídica. Delegado, que também precisa ser bacharel em Direito, recebe a mesma diária do agente, R$ 120, com as mesmas condições, se for em carro próprio é esse valor, se for em carro oficial é R$ 60.

Redução

Mas não parou por aí. O valor do CDS de delegados e cargos de direção diminuiu. Delegado titular, que antes recebia CDS 13, passou para CDS 12. O chefe do SEVIC, que antes recebia CDS 6, agora recebe CDS 5. Só à título de comparação, um motorista da SEDUC recebe o mesmo CDS de um delegado titular, sem ter a mesma responsabilidade, nem volume de trabalho.

Claro

Que a situação na Polícia Civil anda delicada desde o começo do governo Confúcio. Delegados e agentes se consideram traídos e a reforma feita à revelia, sem sequer consultar a direção geral, vem deixando a turma revoltada. Com o precedente aberto pela Polícia Militar que emparedou o governo há cerca de um mês, a Polícia Civil deve adotar movimento similar. Está sendo discutida a possibilidade de ser publicada uma nota de desagravo contra o governo nas próximas horas, requerendo um posicionamento mais esclarecedor por parte da secretaria de Defesa. A conferir os desdobramentos.

Mandados de segurança

A Procuradoria do Estado recebe em média, 200 mandados de segurança por mês determinando a compra de medicamentos. O número é alto e termina sobrecarregando a procuradoria.

Mandando geral

E a interferência cada vez maior de Cira Moura, irmã do governador Confúcio Moura na administração, vem causando desconforto entre os assessores de primeiro escalão. Cira não tem função no governo oficialmente. Existe a possibilidade de ela ser nomeada secretária de Assuntos Estratégicos. Mas mesmo sem cargo, ela manda mais que muito secretário.

Almoxarifado

A Secretaria de Saúde está alugando o prédio da Atalaia, próximo ao Comando Geral da Polícia Militar para montar uma estrutura de almoxarifado. A idéia é comprar medicamentos e estocar. Especialistas dizem que essa não é uma alternativa econômica, já que existe a modalidade de registro de preços, que é bem mais prudente.

Errado demais

A democracia é um direito que deve ser preservado a qualquer custo. A liberdade de poder exprimir idéias, de poder escolher seu culto religioso, seu direito de ir e vir, sua opção sexual. Mas no Brasil as coisas são deturpadas e o que começa com uma simples idéia, rapidamente ganha à mídia e fazem a coisa de forma atropelada. A discussão mais recente diz respeito à, digamos, “flexibilização” da gramática. A proposta do governo de “popularizar” o linguajar foi a coisa mais estúpida da qual tive conhecimento nos últimos anos, e olha que no Brasil coisas estúpidas são rotineiras.

Reflexo

O desfecho dessa “flexibilização” é toda uma geração de analfabetos funcionais, que servirão apenas para preencher estatísticas, apresentadas por burocratas estúpidos de Brasília. É por causa desse tipo de aberração, que se tivesse sido adotada no governo Fernando Henrique Cardoso, os petistas estariam babando de ódio, que muita gente, olhem só, sentem saudades da ditadura nesse País.

Lógico

Que esse pesadelo tem que ser combatido, mas é a partir de idéias cretinas como essa do MEC, além das sucessivas denúncias de corrupção, escândalos diários, laranjas, inércia do congresso, impunidade, morosidade no Judiciário e incompetência do Executivo, que muitos se acham no direito de tolher as liberdades. Toda a sociedade tem um limite, e parece que no Brasil, apesar das constantes “flexibilizações”, o limite está chegando. Tomara que isso tudo seja um sonho ruim.

Na internet

Silas Neiva, candidato à presidência do Sindsaúde lançou um site (www. silasneiva85.com.br) para divulgar suas propostas aos cerca de 14 mil filiados da entidade, que deve eleger a nova diretoria no próximo dia 1º. O Sindsaúde está sob intervenção desde março de 2010. A votação será em urnas eletrônicas que serão disponibilizadas pelo TRE para municípios com até 20 filiados do Sindsaúde. O mandato será de quatro anos.

Em Brasília

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara aprovou, em caráter conclusivo, proposta que proíbe os serviços de proteção ao crédito (SPCs) de incluir nos seus bancos de dados os nomes de consumidores que tenham entrado com embargo (recurso) ou impugnação contra a execução da dívida. O projeto segue para o Senado, se não houver recurso para sua votação pelo Plenário. O texto aprovado é um substitutivo do relator, deputado Moreira Mendes (PPS-RO), ao Projeto de Lei 901/07, do deputado Valdir Colatto (PMDB-SC). Para Moreira Mendes, “é absolutamente injustificável que o consumidor, tendo garantido o juízo (com penhora ou depósito da quantia reclamada) em relação à dívida dele cobrada, permaneça sofrendo os dissabores de ter seus dados ou informações pessoais inscritos em bancos de dados e cadastros de serviços de proteção ao crédito e congêneres, figurando ao lado de maus pagadores”.

Boa notícia

Uma droga que inibe a produção do hormônio estrogênio e já é comercializada no Brasil mostrou-se capaz de reduzir em 65% o risco de câncer de mama em mulheres pós-menopausa. A conclusão é de um estudo coordenado pela Faculdade de Medicina de Harvard e publicado na revista científica New England Journal of Medicine. Os resultados também foram apresentados no Congresso Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco), no sábado, dia 4, em Chicago, nos Estados Unidos. A pesquisa envolveu 4.560 mulheres na pós-menopausa dos Estados Unidos, Canadá, Espanha e França que tinham pelo menos um fator de risco para o câncer de mama: mais de 60 anos, histórico familiar para a doença ou problema anterior relacionado à mama. No Brasil, o câncer de mama é o tipo de tumor que mais mata mulheres, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Na capital paulista, especialmente, o risco para a doença é ainda maior.

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