STICCERO e CUT negociam reivindicações de trabalhadores da Central de Concretos de Jirau

STICCERO e CUT negociam reivindicações de trabalhadores da Central de Concretos de Jirau

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Foto: Divulgação

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Os trabalhadores da Central de Concretos da Usina de Jirau realizaram uma paralisação na última sexta-feira (23) e solicitaram a presença do presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção (STICCERO), o Toco, e do presidente da CUT, Itamar Ferreira, para negociar várias reivindicações com a administração da Camargo Correia; participaram, também, o diretor do Sindicato Raimundo Enélcio e o funcionário Luis Carlos. Após a reunião, foi aprovado o encaminhamento de retorno imediato ao trabalho e estabelecido o prazo de uma semana para negociações.
A paralisação teve início após o recolhimento de alguns crachás por parte de um encarregado, devido a reclamações sobre a mudança da jornada de dois para três turnos, que provocou a diminuição dos ganhos salariais ao reduzir o número de horas extras que vinham sendo pagas até então. Os trabalhadores reclamam, principalmente, de que teriam sidos recrutados em outros estados, com promessas de trabalho aos sábados com pagamento de horas extras a 60% e aos domingos e feriados com adicional de 100%, além de horas prêmios, trabalho em dois turnos e outras vantagens.
Com base nas reclamações dos trabalhadores, o STICCERO e a CUT encaminharam no sábado (24) à administração da empresa as reivindicações dos trabalhadores para: 1) Assegurar a manutenção da renda média (salários) dos meses de janeiro e fevereiro de 2010, através de medidas como o pagamento de horas prêmios e horas extras; 2) Garantir o cumprimento da baixada prevista no contrato individual de trabalho, se mais vantajosa que o Acordo Coletivo; 3) Que o cartão de vale-alimentação da marca (bandeira) BIG CARD, seja disponibilizado na bandeira VISA, para aqueles trabalhadores que tenham famílias residindo em local onde o BIG CARD não é aceito.
Outras reivindicações, que também foram apresentadas, foram: 4) Esclarecimentos sobre a diferenciação salarial entre funcionários que exercem os mesmos cargos e funções; 5) Construção de uma área de vivencia, com sombra e água gelada, na Central de Concretos; 6) Banheiros colocados debaixo de sombra; 7) Caso o trabalhador queira ser demitido, que a empresa faça a demissão na forma ?sem justa causa? com pagamento de todos os direitos; 8) Transporte para a cidade em finais de semana e feriados, com duas saídas, uma às 08:30 e outra às 11:30; 9) Aceitação ?declaração de convivência? apresentada pelos trabalhadores; e 10) Não perseguições aos trabalhadores que participaram da paralisação pacífica, especialmente em relação ao desconto do dia de paralisação ou demissão injustificada.
Em reunião nesta segunda-feira (26), entre representantes da empresa (Lidio e Fidélis) e os representantes do STICCERO (Raimundo Enélcio, Borges e Irmã Maria) foram debatidos todos os pontos reivindicados. Em seguida, o Sindicato se reuniu com os trabalhadores da Central de Concretos e entregou uma cópia do documento enviado à empresa e foi marcada nova reunião na quinta-feira (29), quando a empresa vai formalizar uma resposta, para se avaliar os avanços na negociação.
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