Cassol reafirma que Estado não tem como conceder aumento

Cassol reafirma que Estado não tem como conceder aumento

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Foto: Divulgação

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“Temos que ser responsáveis e que tomar atitudes que não venham prejudicar o Estado nas próximas administrações. Não quero deixar herança ‘maldita’ como a que recebi do Beron pra ninguém, por isso, o Estado não pode conceder aumento aos servidores da Educação, no patamar que eles estão pleiteando, muito menos conceder aumento a uma categoria e deixar as demais de fora”, assim o governador Ivo Cassol resumiu a sua posição em relação ao movimento grevista, deflagrado pelo Sintero, que recebe uma baixa adesão da categoria em todo o Estado. Desde a semana passada que o Governo, através da Procuradoria Geral do Estado (PGE), entrou com um pedido na Justiça para que a greve seja declarada ilegal. Entre as alegações do Governo, estão a falta de regulamentação de movimentos grevistas no país – matéria que está em discussão no Congresso Nacional – e a falta de razoabilidade no pedido sindical que motivou a greve. Segundo informou a PGE, na próxima segunda-feira, às 10 horas, uma audiência na 2ª Vara da Fazenda Pública, vai definir os rumos do movimento. A expectativa do Governo é de que o movimento grevista seja declarado ilegal, inclusive com o agravante de o Sintero ter tentando evitar à força o curso normal de aulas em várias unidades escolares, sem sucesso. Ivo Cassol reafirmou o que já havia expressado desde o início da mobilização: “com os números atuais, não podemos repassar um reajuste salarial a nenhuma categoria. Estamos trabalhando para aumentar a nossa arrecadação. Com a aprovação do lei do Super Simples, que deverá reduzir em cerca de R$ 9 milhões a receita do Estado, prejudicando também aos municípios”, explicou o governador. Cassol também informou que mais de 1.200 professores federais irão se aposentar até o próximo ano e que o Estado vai ter que arcar com mais esse custo, em torno de R$ 40 milhões ao ano. “Não sou contra conceder aumento, mas não podemos dar aumento e depois não podermos cumprir. O pior salário é o que chega ao final do mês e não está na conta. E tem mais um agravante: o Iperon não teria condições de custear as suas obrigações caso houvesse um aumento substancial nos salários, quebrando o Instituto e causando sérios prejuízos a todos”, completou.
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