Exportações de Rondônia não são afetadas pelo embargo europeu e crise americana

Exportações de Rondônia não são afetadas pelo embargo europeu e crise americana

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Foto: Divulgação

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O ritmo de crescimento das exportações rondonienses no primeiro trimestre de 2008 não foi afetado pelo embargo à carne brasileira determinado pela União Européia no final de fevereiro e nem pelo terremoto financeiro que afeta a economia dos Estados Unidos desde o ano passado - e que agravou-se no começo deste ano, com a liquidação de bancos de investimento tradicionais, como o Bear Stearns, e a injeção de mais de US$ 300 bilhões pelo Federal Reserve Bank, o Banco Central americano, para evitar uma quebradeira geral no setor bancário estadunidense. A influência destas circunstâncias de mercado internacionais atingiu a balança comercial brasileira - com destaque para os embarques de carne processada, que, entre janeiro e fevereiro de 2008, caíram 17% em relação ao mesmo período do ano passado - mas passou ao largo das exportações de Rondônia, conforme dados apurados pela Secretaria de Estado da Agricultura, Produção e do Desenvolvimento Econômico e Social (Seapes) junto à Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Secex/MDIC). Entre janeiro e fevereiro do ano passado, as empresas exportadoras sediadas em Rondônia despacharam para o exterior US$ 48,242 milhões. Este ano, no mesmo período, a cifra saltou para US$ 87,087 milhões – um aumento de 80,48% no comparativo com 2007. “Temos motivos para acreditar que esta curva de crescimento deverá se manter em alta durante todo o ano, uma vez que os preços das principais commodities que fazem parte de nosso portfólio, tais como a carne processada industrialmente, o leite UHT e os produtos do complexo soja, entre outras, estão em alta no mercado internacional”, afirma Marco Antonio Petisco, secretário titular da Seapes. O aumento nas exportações não gera impostos diretos para o Tesouro estadual mas reflete-se positivamente na economia local, ao exigir dos empresários investimentos em tecnologia, bem como na capacitação de profissionais que, naturalmente, tendem a perceber salários mais altos, gerando um círculo virtuoso de renda e consumo em diversas cadeia produtivas. “Em Goiás, por exemplo, existem olheiros de frigoríficos irlandeses ‘garimpando’ os melhores profissionais de desossa. É um processo de seleção natural para o qual os empresários daqui também devem estar atentos, para evitar a perda de seus melhores funcionários”, afirma Petisco, ressaltando a importância do trabalho de capacitação desencadeado por empresas como o Complexo Madeira Energia, que irá construir as UHEs de Jirau e de Santo Antonio, e do próprio Governo do Estado, através do Planseq e dos cursos geridos pelo SINE, nos quais hoje estão matriculadas 1.800 pessoas, em 16 municípios.
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