Inadimplentes do FNO terão nova chance de negociação

Da Redação

15 de Setembro de 2007 às 15:26

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Inadimplentes do FNO terão nova chance de negociação

Foto: Divulgação

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*Foto/legenda: Armando Monteiro informou Euzébio sobre providências para mutuários do FNO *Dilma Roussef previu alternativa para os próximos sessenta dias *A ministra chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, está providenciando a criação de um Grupo de Trabalho Interministerial para analisar a situação dos mutuários inadimplentes com os fundos constitucionais de financiamento FNO, FNE e FCO, respectivamente do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste. A informação foi repassada ao presidente da Federação das Indústrias de Rondônia – Fiero – Euzébio Guareschi, pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria, Armando Monteiro Neto, que desde 2004 vem insistindo na criação do mecanismo. *Em documento enviado a Monteiro Neto, em meados de agosto, a ministra Dilma Roussef diz que a proposta foi repassada aos ministérios da Fazenda e da Integração Nacional, “para num prazo máximo de dois meses estudar o assunto e propor alternativas para a situação apresentada”. *Levantamento solicitado pela Fiero junto à gerência Regional do Basa em Rondônia, agente financeiro responsável pelas operações do FNO, mostra que, desde que foi criado, em 1989, o Fundo Constitucional do Norte se tornou um dos principais fomentadores do setor produtivo tanto primário quanto secundário. *O volume de recursos do Fundo em circulação em Rondônia, atualizado em junho, atinge R$ 600 milhões, só o principal, fora os juros. Desse montante, R$ 476 milhões foram investidos no meio rural, principalmente na agricultura familiar e os outros R$ 124 milhões foram destinados a projetos na área da indústria, comércio e serviços. O índice de inadimplência, segundo a Gerência Regional do banco, está dentro do suportável. No crédito rural chega a 1,41%, representando cerca de 6,7 milhões. Já na indústria e comércio, o índice aumenta um pouco, chegando a 4% do montante investido, que representa algo em torno de R$ 5 milhões. *Em 2004 o presidente da CNI, Monteiro Neto, procurou o então ministro da Casa Civil, José Dirceu, levando a preocupação da Confederação com a situação dos mutuários inadimplentes em decorrência do desequilíbrio econômico, provocado pelas altas taxas de juros e de atualização monetária. Um ano depois, voltou a procurar o ex-ministro em busca de uma solução, explicando que “os empresários não pleiteiam perdão de dívidas, mas, somente expurgar dos saldos devedores, os efeitos decorrentes da instabilidade da moeda, no intuito do restabelecimento do equilíbrio dos contratos firmados”.

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