Porque o PMDB não deve voltar à governar Rondônia

As administrações do Partido do Movimento Democrático Brasileiro são diretamente responsáveis pelos maiores prejuízos do Estado.

Porque o PMDB não deve voltar à governar Rondônia

Foto: Divulgação

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*O Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) em Rondônia tem uma história que se mescla com a própria história da criação do Estado. Ainda nos anos de chumbo dos governos militares, peemedebistas (então medebistas – já que na época o PMDB chamava-se MDB) viraram lenda em Rondônia. Foi nesse período que o advogado Jerônimo Garcia Santana, vindo de Ji-Paraná onde advogava gratuitamente para os pobres, tornou-se conhecido e elegeu-se deputado federal. *Na transição do regime militar para o regime democrático, foi nomeado como governador tampão, o peemedebista Ângelo Angelim, que foi acusado, por parlamentares, de ter cometido uma série de irregularidades em sua administração. *Em seguida, Jerônimo Santana, também do PMDB, foi eleito governador. *Na época, muito se falava em corrupção no governo, mas nesse período a imprensa em Rondônia era praticamente inexistente e os poucos veículos de comunicação que existiam, eram altamente comprometidos (como ainda são atualmente) e as denúncias viravam fofoca. *Histórias de rituais satânicos na residência oficial, gastos excessivos com o guarda-roupas da primeira dama, malas de dinheiro sendo distribuídas para veículos de comunicação e outras aqui inenarráveis, foram tomadas como verdadeiras e isso resultou na derrota do PMDB para o PFL de Osvaldo Piana* * Na verdade, o PMDB perderia a eleição para o senador Olavo Pires, que foi assassinado na reta final do segundo turno. Naquele período, mesmo com todas as denúncias e histórias, o PMDB estava em segundo lugar e o candidato do partido era o então desconhecido na Capital, Valdir Raupp. O segundo turno seria disputado por Raupp e Olavo, Piana já tinha sido eliminado da disputa no primeiro turno. *Após a administração Piana, que também foi marcada por diversas denúncias, o PMDB volta ao poder com Valdir Raupp de Mattos, que vem da distante Rolim de Moura e consegue impressionantes 63 por cento dos votos válidos na eleição, derrotando Francisco Chiquilito Erse, que na época representava a permanência da chamada “república do Caiary”, ou seja, o mesmo grupo de Piano no poder. *E mais uma vez a população errou feio. A administração de Valdir Raupp foi desastrosa e nociva para o Estado. Secretários de estado foram presos por desvio de recursos, praticamente todos que fizeram parte do primeiro e segundo escalão do governo respondem a processos por algum tipo de irregularidade cometida contra os cofres públicos e Rondônia tornou-se nacionalmente conhecida por escândalos como o da merenda escolar (onde foram comprados produtos a preços hiper-faturados), a falência do Banco do Estado de Rondônia – Beron – e consequentemente o aumento da dívida pública estadual com a União (o Beron devia ao Governo Federal R$ 30 milhões. Com a intervenção do Banco Central, a dívida saltou para R$ 400 milhões), um rombo milionário nas Centrais Elétricas de Rondônia (era de lá que saía o dinheiro para pagar os veículos de comunicação), atrasos constantes nos pagamentos dos salários dos servidores, o massacre de Corumbiara, onde 15 sem-terras foram mortos e até hoje pelo menos 3 continuam desaparecidos, escândalos sucessivos envolvendo a agência de publicidade que atendia o governo, dezenas de obras inacabadas em todo o Estado (veja box), além de diversas outras irregularidades que continuam sendo apuradas pelo Tribunal de Contas da União e do Estado. *Mas Valdir Raupp fez um investimento que teve uma compensação pessoal para ele, em publicidade. Milhões de reais foram gastos neste setor e por isso ele escapou praticamente ileso do mar de corrupção que o cercava. Com exceção de meia dúzia de processos, o ex-governador elegeu-se senador da República em 2002 e agora danou-se a criticar o atual governo e a defender ferrenhamente a candidatura de Amir Lando ao Governo do Estado, o que seria outro desastre. *Amir Lando já foi chefe da Casa Civil em Rondônia e ficou nacionalmente conhecido durante o processo de impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello. Seus críticos o acusam de ser um “pavão”, de fazer discursos vazios e cheios de citações erradas e de não aceitar críticas negativas. *O senador, cujo mandato encerra neste ano, é o pré-candidato do PMDB em Rondônia nas eleições deste ano e, se por um acaso vencesse as eleições, seu secretariado certamente já estaria fechado e seria composto por pessoas como: *José Luiz Lenzi – Foi presidente da Ceron e está sob investigação do Tribunal de Contas de Rondônia por sua gestão, que foi desastrosa e contribuiu imensamente para o rombo da empresa. *Nelson Marques – Foi presidente da extinta Teleron (vendida para a Brasil Telecom). *Tomás Correia – Ex-prefeito de Porto Velho e atualmente é suplente de senador. *Alguém da família Raupp e por aí vai. *Obras inacabadas *O governo de Valdir Raupp de Mattos foi o campeão de obras inacabadas em Rondônia. Em praticamente todos os municípios existe um esqueleto do que deveria ser uma quadra coberta nas escolas. Em Nova Brasilândia, por exemplo, um desses elefantes brancos está apodrecendo ao sol intenso. A prefeitura não tem dinheiro para concluir a obra e o governo do estado também não. *Em Porto Velho, bem em frente o Tribunal de Contas do Estado, descansa os restos mortais do que deveria ter sido o Teatro Estadual, que Amir Lando agora cobra a falta de um esquecendo-se do fato que tal monstrengo foi construído pelo governo Raupp. *Dezenas de pontes em estradas vicinais também estão inacabadas. Foram iniciadas e agora, devido ao abandono, não podem ser reaproveitadas. *Prefeituras do PMDB *Mas não é apenas no Governo que o PMDB é danoso. Nas prefeituras o ‘estilo PMDB’ de governar também está presente. Em Guajará Mirim, por exemplo, o peemedebista Cláudio Roberto Scolari Pilon, que era foi eleito como vice-prefeito e por uma fatalidade (o prefeito morreu antes da posse) foi alvo de uma série de investigações por parte da Câmara de vereadores local que detectou inúmeras irregularidades, chegando ao absurdo de vender um trator da prefeitura para um empresário local. Mesmo assim Pilon foi reeleito nas últimas eleições municipais e afastado do cargo em seguida, devido a uso da máquina administrativa em sua campanha. *Em Presidente Médici, o ex-prefeito (que era do PMDB), foi acusado de inúmeras irregularidades, que segundo denúncias, teriam sido cometidas em parceria com o deputado estadual Chico Paraíba (também do PMDB). Denúncias de superfaturamento, uso indevido de veículos e contratos duvidosos levaram ao afastamento do prefeito José Ribeiro Filho. Por último, o prefeito foi flagrado em motel de Ji-Paraná utilizando para encontros amorosos um carro da prefeitura. *Em Jaru, outro prefeito peemedebista que também ficou conhecido por suas ‘peripécias’ foi Amauri dos Santos, que foi afastado do cargo e é acusado de ter ateado fogo na prefeitura para atrapalhar investigações de sua má-conduta.
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