Expedito Júnior, os contratos de vigilância e a amizade com os governadores – Por João Paulo Prudêncio

Sempre que é pressionado sobre esse fato, Expedito mostra um posicionamento extremamente superficial. Ou fala que todos os contratos licitados foram vencidos de forma legal, ou afirma para seus oponentes que está disposto a debater apenas as propostas de

Da Redação

23 de Setembro de 2014 às 09:23

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Expedito Júnior, os contratos de vigilância e a amizade com os governadores – Por João Paulo Prudêncio

Foto: Divulgação

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Nos debates eleitorais, um argumento de ‘embate’ vem se tornando ponto comum entre os candidatos Confúcio Moura (PMDB), Jaqueline Cassol (PP), Padre Ton (PT) e Pimenta de Rondônia (PSOL) quando resolvem atacar Expedito Junior, líder das pesquisas eleitorais.

O ‘calcanhar de aquiles’ do tucano, são os negócios entre empresas de serviço de segurança privada pertencentes da sua família com o Governo do Estado. E vem de longa data a amizade com os governantes ‘da vez’.

Acontece que o quanto mais o assunto é colocado em questão, mais desperta a sanha do eleitor rondoniense em saber o motivo do porque esse ponto é sempre tão questionado pelos oponentes de Expedito.

Vale ressaltar que em nenhuma das vezes em que foi confrontado por seus adversários, Expedito deu nome e valores aos contratos que as empresas de seus familiares mantiveram durante décadas com o estado de Rondônia.

Durante o último debate deste pleito, realizado pela Rede TV, o candidato do PT, Padre Ton, disse que o contrato das empresas familiares de Expedito ultrapassava os R$ 50 milhões de reais por ano. E mais uma vez, Expedito desconversou.

O que mais chama atenção é o fato de Expedito Júnior ter sido aliado e parceiro em negócios com todos os governadores de Rondônia, desde a gestão Bianco que venceu a eleição de 1998 pelo extinto PFL. Na época, Expedito era deputado federal e dizem os adversários que o mesmo não mexeu ‘uma palha’ para defender os mais de 10 mil servidores mandados embora por Bianco.

Nos oito anos de Ivo Cassol, Expedito também foi parceiro do Governo. E desta forma também manteve os contratos de segurança da família. Sua amizade com o recém condenado Cassol foi intensa. Acabou com a cassação do seu mandato de senador por compra de votos, desbaratada pela operação Garoupa da Policia Federal. Cada um foi cuidar do seu CPF.

Terminada a era Cassol e não podendo concorrer ao governo por ainda estar enquadrado na lei da ficha limpa, ou seja, era considerado na forma da lei um ‘Ficha Suja’, Expedito para garantir os negócios da família, partiu para apoiar o atual governador Confúcio Moura. Sempre com o intuito de manter os contratos milionários da família com o Governo de Rondônia.

E assim aconteceu. Com o mandato de Senador cassado e considerado ficha suja pela Justiça Eleitoral, Expedito Júnior, impedido de concorrer à eleição e passou a pedir votos para Confúcio em suas “andanças” pelo estado. Virou Confúcio desde criancinha.

Com a vitória de Confúcio Moura e o passar do tempo, veio o projeto de monitoramento eletrônico em escolas do estado, ou seja, ao invés de vigilantes contratados por empresas terceirizadas, as escolas de Rondônia passaram a ser monitoradas por câmeras de segurança, fato que ocasionou o fim da sequência de serviços prestados por familiares de Expedito aos governadores de Rondônia. Mais de 10 anos de contrato, que, diga-se de passagem, eram legais e licitados.

E para o candidato tucano fica a pergunta que atualmente vem martelando a cabeça do eleitor rondoniense e que também é questionamento de todos os outros candidatos ao governo.

Se ainda existisse esse contrato de vigilância, que de acordo com candidato Padre Ton movimentaria para as empresas da família Expedito Júnior mais de R$ 50 milhões por ano, o candidato do PSDB ainda seria aliado da gestão Confúcio?

E porque Expedito não fala ao povo de Rondônia de forma clara sobre esses contratos? Com a palavra candidato.

As portas estão abertas para suas explicações de apoio incondicional a Bianco, Cassol e Confúcio. Como se diz no jargão popular, sempre ‘amigo do rei’.

E não gaste dinheiro com advogado. Seu direito de resposta está assegurado desde já pela direção do jornal.

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