Convenção monstruosa do PV terá, no dia 13, vigília gigantesca como resposta do PT - Política em Três Tempos - Por Paulo Queiroz

Convenção monstruosa do PV terá, no dia 13, vigília gigantesca como resposta do PT - Política em Três Tempos - Por Paulo Queiroz

Convenção monstruosa do PV terá, no dia 13, vigília gigantesca como resposta do PT - Política em Três Tempos - Por Paulo Queiroz

Foto: Divulgação

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1 – A FORÇA VERDE Ah, isso não ficar assim. Mas não vai mesmo, segundo o que ficou decidido pelo alto comando de campanha da reeleição do prefeito Roberto Sobrinho (PT), de Porto Velho, ainda na noite do domingo passado (29), ou seja, nem bem haviam sido desmobilizadas as estrepitosas caravanas que superlotaram as instalações do Espaço Quéops para acalorar a monstruosa convenção do Partido Verde (PV) - e mais um lote de legendas associadas - que definiu o nome do deputado federal Lindomar Garçom para concorrer ao Palácio Tancredo Neves. Foi, segundo anotou o site de notícias “Rondoniagora” em cima da bucha, “uma das maiores (convenções) já registradas em Rondônia com pelo menos 8 mil participantes”. Mas pelas contas do jornal “O Estadão do Norte”, conforme saiu publicado na Pág. 03 da edição de terça-feira (01), foram cerca de 10 mil pessoas as que animaram a convenção de Garçom. Seja como for, consta que o governador Ivo Cassol (sem partido) ficou babando. Presente ao evento, dizia a todos que seu espanto era tanto maior porque nem na convenção do PPS que chancelou sua candidatura à reeleição, há dois anos, conseguira reunir tanta gente – em que pesem as numerosas comitivas provenientes de uma pá de municípios. “Aqui tem mais que o dobro”, frisava entusiasmado. Para se ter uma idéia, diz-se que o senador Expedito Júnior – cujo “feeling” nessa seara é quase lenda – andou ficando no prejuízo. Por mixaria que possa ter sido, vale o registro dando conta de que, ao ser informado na véspera por Garçom de que levaria 5 mil pessoas à convenção, apostou que o deputado não conseguiria levar 3 mil ao encontro e deu no que deu. Enfim, em que importem as manifestações de incredulidade, pasmo e admiração, para além do fã clube do programa de televisão “Gente da Nossa Terra” (apresentado por Garçom), há explicações mais razoáveis para tamanha concentração. Numa delas, em muito devem ter contribuído para reunir tantos num evento dessa natureza os 160 candidatos a vereador dos 12 partidos da aliança que tiveram seus nomes homologados naquela ocasião – dos quais 156 já encaminharam documentação para as providências do registro junto à Justiça Eleitoral. 2 – TROCO PETISTA Tamanha demonstração de força por parte do concorrente que não é apenas a contrafação local do PT idem, mas, sobretudo, neste momento, a principal ameaça ao projeto de reeleição do prefeito Sobrinho não poderia mesmo deixar de mexer com os brios dos petistas – logo eles, que tanta crença devotam ao simbolismo das grandes manifestações de massa. O troco, portanto, será na mesmíssima moeda. Pelo ímpeto dos militantes mais açodados, deveria acontecer agora, logo neste domingo (06), que era para não deixar o adversário tomar fôlego. Razões algo cabalísticas, porém, empurraram-na para o domingo subseqüente. Fala-se, leitor, da manifestação que se pretende gigantesca que o comando de campanha da coligação petista está organizando. Conquanto não exista o único bagre no Madeira que não esteja enjoado de saber que o prefeito da Capital é candidato à reeleição, o pretexto vai ser o lançamento da candidatura Roberto Sobrinho. Da dele, do vice Emerson Castro (PMDB) e de mais 96 postulantes às vagas da Câmara Municipal. Em local ainda não sabido (ao menos pela coluna), a concentração está prevista para a noite do dia 12, de modo que a zero hora do dia 13, pontualmente, dê-se manifestação por começada. Hora para terminar, sabe Deus. A cabala aí embutida diz respeito ao número sob o qual Sobrinho disputa a peleja – 13, o número do PT. Não vá o leitor sentir-se um, digamos, imbecil por não entender bem essa história de iniciar um evento em hora tão inusitada. Até entre os petistas há – e não são poucos - os que também estão querendo saber por que a manifestação não vai ser no dia 13 propriamente dito, ou seja, depois do nascer do sol. Com certeza vem esclarecimento por aí. Por enquanto, a explicação que nos ocorre diz respeito à precaução tomada para a possibilidade de não se conseguir replicar, em número de participantes, a convenção do PV. Nesse caso, sempre será possível argumentar que o valor da manifestação petista seria, em razão das provações e dos sacrifícios envolvidos nessa espécie de vigília heróica, sempre maior do que aquela da convenção adversária. Ou nada disso? 3 – CAMPANHAS A MIL No frigir dos ovos, tudo isso significa que, antes mesmo de ser oficialmente deflagrada, muito embora ainda não se tenha a mínima idéia acerca do que os candidatos têm a oferecer, a campanha eleitoral já está a mais de mil – como se dizia em Taperoá. Mas campanhas, leitor, não são mesmo feitas para obter a aprovação de programas de governo. Antes de qualquer coisa, entre os principais propósitos de uma campanha está o de administrar os danos dos ataques dos adversários ao tempo em que se age para tentar destruir seu apoio popular. Afinal, quando começa o tiroteio não há mais tanto espaço para debate racional. Quem o diz é o jornalista Vitor Paolozzi, no livro “Murro na Cara” (Objetiva, 1996), que não obstante tratar das eleições norte-americanas, tem conteúdo em tudo aplicável às disputas tapuias. Para se ter uma idéia, eis algumas observações que em nada ficam a dever ao jeito brasileiro de fazer campanha política: “quem não for o mais agressivo, quem simplesmente reagir a eventos, ao invés de provocá-los, estará morto quanto chegar o dia da votação. Uma boa campanha deve ainda ter maleabilidade para adaptar-se ao curso dos acontecimentos. É preciso ter jogo de cintura para mudar as regras do jogo quando a situação está difícil”. ”Campanhas são feitas com propostas? Errado. São moldadas a partir de pesquisas detalhadas feitas junto aos eleitores. O candidato bem sucedido não é necessariamente o que desenvolveu a melhor e mais precisa plataforma de governo, mas aquele que elaborou um plano que atende os anseios de uma parcela significativa da população. O que prova satisfatoriamente que quando a publicidade impera, não há mais espaço para a política. A arte do convencimento cedeu passagem à manipulação das esperanças dos eleitores. Pois é com os dados das pesquisas na mão que vai ser desenhada uma estratégia que molde o candidato dentro das expectativas da população e ao mesmo tempo o diferencie, e valoriza, em uma comparação com a concorrência”. Pois!
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