LAVA JATO – Nova fase mira operadores que lavaram mais de R$ 50 milhões
Foto: Divulgação
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A Polícia Federal realiza a 36ª fase da Operação Lava Jato nesta quinta-feira (10). Batizada de Dragão, ela mira dois operadores financeiros especializados na lavagem de recursos de grandes empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção na Petrobras, segundo a força-tarefa. As investigações apontam que os dois suspeitos são responsáveis por lavar mais de R$ 50 milhões para as empresas.
São cumpridos 18 mandados em três Estados: Ceará, São Paulo e Paraná. Deles, são 16 de busca e apreensão e dois de prisão preventiva (por tempo indeterminado).
O lobista Adir Assad, já preso pela Lava Jato em Curitiba, é um dos alvos de um dos mandados de prisão. Investigado em diversas operações contra corrupção, Assad foi alvo de três mandados de prisão em pouco mais de um ano: Lava Jato, no Paraná, Operação Saqueador, no Rio, e Operação Pripyat, desdobramento da Lava Jato no Rio.
O outro alvo de mandado de prisão é Rodrigo Tacla Duran. Segundo o MPF-PR (Ministério Público Federal do Paraná), ele foi "responsável por lavar dezenas de milhões de reais por intermédio de pessoas jurídicas por ele controladas".
"Diversos envolvidos no caso valeram-se dessas empresas a fim de gerar recursos para realizar pagamentos de propina", diz o MPF. A UTC Engenharia, por exemplo, repassou R$ 9,1 milhões ao operador financeiro entre 2011 e 2013. No mesmo período, a Mendes Júnior Trading Engenharia movimentou R$ 25,5 milhões.
Também nesse intervalo, "outras empresas contratadas pela administração pública também realizaram depósitos de mais de R$ 18 milhões com o mesmo destino", diz a Procuradoria.
As investigações apontam que Assad, por meio de transferências de contas mantidas por suas empresas em território nacional, repassou R$ 24,3 milhões a Duran.
A operação apura as práticas, dentre outros crimes, de corrupção, manutenção não declarada de valores no exterior e lavagem de dinheiro.
As ações são realizadas nas cidades de Jaguaruana (CE), São Paulo, Barueri (SP), Santana do Parnaíba (SP), Curitiba, e Londrina (PR). Ao menos 90 agentes da Polícia Federal estão envolvidos na operação.
O nome "Dragão" é uma referência aos registros na contabilidade de um dos investigados. De acordo com a PF, ele chamava de "operação dragão" os negócios fechados com parte do grupo criminoso para disponibilizar recursos ilegais no Brasil a partir de pagamentos realizados no exterior.
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