PISTOLAGEM - Assassinos e mandantes de homicídios em Alto Paraíso continuam impunes

A atuação de um grupo de extermínio em Alto Paraíso, cidade distante cerca de 200 km da capital pode ser esclarecido nos próximos dias.

PISTOLAGEM - Assassinos e mandantes de homicídios em Alto Paraíso continuam impunes

Foto: Divulgação

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O primeiro a morrer, vitima de pistoleiros foi o vereador Jeferson Gomes David
A atuação de um grupo de extermínio em Alto Paraíso, cidade distante cerca de 200 km da capital pode ser esclarecido nos próximos dias. No pequeno município, três pessoas foram assassinadas com o mesmo “modus operandi”. Execuções sumárias com requinte de crimes encomendados. Entre as vitimas apenas um ponto é coincidente. Todos denunciaram a antiga gestão municipal do pemedebista Romeu Reolon por supostas falcatruas em licitações.

A quadrilha de assassinos que age em Alto Paraíso é investigada pelo Ministério Público através da promotoria de Ariquemes. A polícia civil também está no caso, através da delegacia regional de Ariquemes.

O modus operandi dos pistoleiros era sempre o mesmo. Chegavam de moto, capacete na cabeça e executam a vitima com vários disparos de arma de fogo.

 Desta forma morreram o empresário Guerino Cesar de Góes, conhecido como  César da Farmácia, o empresário Moises Itajubá e o vereador Jeferson Gomes David, conhecido como Pipi. Um único ponto liga as três mortes. Supostas desavenças políticas.

 

CASO VEREADOR PIPI

O primeiro a morrer, vitima de pistoleiros foi o vereador Jeferson Gomes David que numa sexta-feira (13) em novembro de 2009 se encontrava na companhia de amigos na lanchonete e pizzaria Gold, no município de Alto Paraíso, quando uma moto se aproximou com dois elementos que efetuaram vários disparos ceifando a sua vida.

Vereador muito atuante na defesa da comunidade fazia discursos inflamados na Câmara Municipal de Alto Paraíso contra a administração de Reolon.

CASO CÉSAR DA FARMACIA

O segundo assassinado foi o empresário Guerino Cesar de Góes

Na noite de uma quinta-feira em março 2011 foi assassinado o empresário Guerino Cesar de Góes, mais conhecido como César da Famácia, quando chegava a sua casa por volta as 19:30h. O empresário foi assassinado com quatro tiros a queima roupa e na presença das duas filhas adolescentes, uma de 13 e outra de 15 anos de idade.

A vítima, ao chegar à porta de sua casa, foi abordada por dois elementos que dispararam quatro tiros a queima roupa, sem que César pudesse expressar nenhuma reação de defesa.

Guerino denunciou um suposto esquema na compra de medicamentos no município.

Segundo uma filha do empresário assassinado, seu pai também registrou boletim de ocorrência pelas ameaças recebidas. “Suas ameaças diziam que ele não escaparia da corrida do jericos de 2011, nem por isso ele recebeu proteção da PC. Não dá para acreditar mais em ninguém.. todos são corruptos” afirma a jovem.

 

CASO MOISES ITAJUBA

Moisés Itajubá, uma semana antes de ser assassinado, esteve no Ministério Público de Ariquemes denunciando irregularidades em um processo licitatório para a aquisição de urnas funerárias.
Outro parente de vitima de homicídio em Alto Paraíso, o jornalista Tadeu Itajubá, irmão do empresário Moisés, dono de funerária na cidade também acusa “políticos” da cidade .

Moisés Itajubá, uma semana antes de ser assassinado, esteve no Ministério Público de Ariquemes denunciando irregularidades em um processo licitatório para a aquisição de urnas funerárias.

Moises foi alertado pelo irmão, que previa a ação do grupo de extermínio e pediu que o mesmo se mudasse da cidade. Não deu tempo, enquanto Moises carregava o caminhão de mudança foi assassinado.

 

PREFEITO ROMEU

Em entrevista sobre estas supostas coincidências dos executados, o prefeito Romeu Reolon disse que a Polícia está investigando para comprovar se os vereadores tinham algum problema. Afirmou, ainda, que “a Justiça trabalha com papel” e que não existe nada contra ele em nenhum dos três casos.

Após deixar o cargo no inicio de 2013, Romeu foi nomeado assessor comissionado na Sead com CDS 20. Em recente entrevista, o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Hermínio Coelho declinou diversos nomes de supostos fantasmas do executivo, citando nominalmente o nome do ex-prefeito.

 

INVESTIGAÇÃO

Em contato com o delegado de policia Thiago Flores, responsável pela condução dos três inquéritos de homicídio em Alto Paraíso, o mesmo informou que as investigações estão avançadas. “Na última sexta-feira, estive novamente em Alto Paraíso para novas diligências e num dos casos já estamos confiantes na elucidação do homicídio” disse o delegado Thiago.

O caso é o do vereador Pipi, que segundo o delegado tem outra linha de investigação que não coaduna com a suposta ligação de crimes “políticos” dos casos do César da Farmácia e do empresário Moises Itajuba.

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