Os soldados Rogério Maia de Souza, Fábio Oliveira da Costa, protocolaram na manhã de ontem no Ministério Público Estadual (MPE), um Termo de Reclamações em desfavor do major Couto e do tenente Veras, ambos do 7º Batalhão de Engenharia e Construção (7º BEC). De acordo com os queixosos, os acusados por diversas vezes furtaram gêneros alimentícios do Exército para comercializar, bem como trocar por outras mercadorias.
*Rogério e Fábio garantem que obedecendo a ordens de seus superiores, várias vezes efetuaram carregamentos de arroz, feijão e leite. Segundo eles, a distribuição era feita em carro dos oficiais e até nas viaturas do Exército. Conforme a denúncia, as mercadorias eram entregues em supermercados no bairro da Paz, São Francisco e outros no Segundo Distrito.
*"Quem organizava os furtos era o tenente Veras, encarregado do setor de suprimentos do Batalhão. Para justificar o furto ele usava como argumento a troca de produtos por outros que estivessem faltando no quartel", afirma Rogério.
*Acrescentou ainda que o coronel Cleiton Pereira Muniz, subcomandante do Batalhão, não sabia dos furtos até chegava a autorizar a permuta de determinadas quantias, mas os oficiais levavam o triplo do autorizado. "O dinheiro dos alimentos vendidos ficava para o major Couto e para o tenente Veras", diz o soldado.
*Outros dois militares um soldado e um cabo participaram da trama que desviou toneladas de alimentos do 7º BEC, segundo Fábio e Rogério. Eles também teriam seguido as determinações do tenente Veras e do major Couto. Fábio e Rogério foram afastados do Exército, mas o restante dos envolvidos permanecem integrando a corporação militar.
*Durante o dia de ontem, à reportagem tentou sem sucesso falar com o comandante do Batalhão, coronel Pedrosa. Na primeira vez, foi informada que ele estava para o almoço. Na segunda tentativa, o comandante ainda não tinha retornado segundo informações colhidas na guarita externa.
*Outras cinco tentativas se deram pelo telefone 3226-2102. O tenente Veras também não foi localizado. No corpo da guarda o sargento Santana de forma educada colaborou ligando para o ramal 246, que fica na sala do oficial, que não atendeu as ligações.