Identificado na lista de propina pelo apelido de “Massaranduba”, Ivo Cassol pode ter recebido mais de dois milhões de reais, isso no período em que era governador do estado de Rondônia, entre os anos de 2003 à 2009.
Foto: Divulgação
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Complicada, assim pode ser definida a situação do Senador rondoniense Ivo Cassol (PP) após a homologação das delações dos executivos da construtora Odebrecht em referência ao pagamento de propinas a quase uma centena de políticos brasileiros na troca de benefícios e lobbies em favor da empresa.
Identificado na lista de propina pelo apelido de “Massaranduba”, Ivo Cassol pode ter recebido mais de dois milhões de reais, isso no período em que era governador do estado de Rondônia, entre os anos de 2003 à 2009.
De acordo com o ex-presidente da Odebrecht, Henrique Valladares, a banca de advogados que defendia os diversos processos envolvendo o nome de Cassol era paga pela empresa, que repassa os valores diretamente para os advogados.
“Nem sempre ‘caixa dois’ significa necessariamente pagamento de propina. O ‘caixa dois’ pode ser utilizado para outras finalidades. Ele [Cassol] tem uma ‘cacetada’ de processos nas costas [...] Pagamos diretamente [a advogados de Cassol para a defesa do político em diversos processos]. O fato é que a conta [pelos serviços] chegou para mim”, disse Valadares em seu depoimento.
O recebimento das propinas por Ivo Cassol já está sendo investigado no inquérito aberto pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por solicitação da PGR (Procuradoria Geral da República). Agora Cassol poderá virar réu em mais um processo envolvendo suas ações à frente de uma pasta executiva.
O senador já responde a processo criminal por denúncias relacionadas à sua gestão no período em que foi prefeito da cidade de Rolim de Moura, que ao que tudo indica, também teve a sua defesa custeada pela Odebrecht.
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