REBELIÃO URSO BRANCO - Ex-gerente do sistema penitenciário de Rondônia é julgado pelo 2º Tribunal do Júri
Foto: Divulgação
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Teve início há pouco o julgamento de Rogélio Pinheiro Lucena, ex-gerente do sistema penitenciário de Rondônia. Ele é acusado de ter responsabilidade na colocação de presos jurados de morte junto com os demais, após uma rebelião frustrada em janeiro de 2002, na Casa de Detenção José Mário Alves, o Urso Branco.
O juiz Aldemir de Oliveira, que preside a sessão do 2º Tribunal do Júri de Porto Velho, realizou o sorteio dos sete jurados que compõem o conselho de sentença. São cinco homens e duas mulheres. Os promotores de Justiça Leandro Gandolfo e Marcelo Guidio fazem a acusação. Após o sorteio, os promotores dispensaram as testemunhas, o que não foi feito pela defesa. Um ex-diretor do presídio, antes do massacre, é o primeiro a falar.
O ex-gerente é acusado pelo Ministério Público de ser um dos responsáveis pelas 27 mortes ocorridas na cadeia. Como a tentativa de fuga foi contida por agentes penitenciários e policiais militares, revoltados, os presos protagonizaram cenas de barbárie, torturando e matando os detentos do chamado "seguro" (separados da cadeia por estarem ameaçados).
Defendido por Nilton Barreto, o réu havia recorrido contra a decisão de ser julgado por júri popular, mas teve o recurso negado pelo Tribunal de Justiça. Mais dois ex-diretores do presídio na época das mortes também serão julgados pelos crimes. Edilson Pereira da Costa, ex-diretor de segurança do Urso Branco e Weber Jordano Silva, ex-diretor geral do presídio, sentam no banco dos réus na quinta e sexta-feira (25), respectivamente.
Segundo o juiz Ênio Salvador, designado pela Corregedoria-geral da Justiça para dar informações sobre o julgamento, a expectativa é de que o júri siga por todo dia. Toda a sessão do júri é transmitida ao vivo pela internet, por meio da página do Tribunal de Justiça (www.tjro.jus.br/ursobranco).
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