A obra que começou com a promessa de ser a salvaguarda para Ariquemes e mais 09 municípios no Vale do Jamari, virou um monte de ferros retorcidos e enferrujados.
Foto: Rondoniaovivo
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O que era para ser uma das mais importantes obras na região do Vale do Jamari, que abriga mais de 300 mil pessoas, tornou-se tormento para a população. Trata-se da construção do Hospital Regional de Ariquemes que foi orçado inicialmente em R$ 35 milhões, mas no momento a obra está parada e sem prazo para ser reiniciada.
A obra que começou com a promessa de ser a salvaguarda para Ariquemes e mais 09 municípios no Vale do Jamari, virou um monte de ferros retorcidos e enferrujados. Na época das chuvas torna-se foco para o mosquito da dengue e no verão o mato toma conta do local, impossibilitando a distinção entre o que são partes da construção e o matagal.
Moradores das cidades vizinhas à Ariquemes sonham com a tão prometida obra. Para a senhora Marta Alves, do município de Cujubim, essa seria a salvação para a população que mora há mais de 340 km da capital. “Em Buritis não temos uma condição boa de atendimento hospitalar. É ficar doente lá e já ser mandado para o João Paulo II, em Porto Velho. Com esse hospital, além de ficar mais perto, fica mais barato para visitarmos nossos parentes quando estiverem internados”, desabafou Marta.
Ao lado da obra abandonada ainda resiste o prédio do atual Hospital Regional, construído há cerca de 35 anos e que por 20 anos foi gerenciado pelo estado. Atualmente, é a prefeitura a responsável pelo local, que se encontra em estado precário e arcaico, mas é onde pacientes são atendidos em emergência e enfermaria.
O Vereador Ernandes Amorim acompanhou a equipe da nossa reportagem à obra e lamentou tamanha irresponsabilidade por parte do poder público na execução dessa obra. “O que está enterrado aqui é o dinheiro do povo. É a contribuição de cada morador desse estado, o nome disso é crime contra o patrimônio. Enquanto pessoas morrem por falta de um hospital, estamos vendo enferrujar esses ferros e dias e mais dias se passam e ninguém toma uma atitude descente”, criticou Amorim.
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