O Incra participou na manhã de quarta-feira (12) em Jaru (RO), de uma audiência com as mulheres da Via Campesina de Rondônia para discussão de itens de uma pauta elaborada pelo movimento.
A Via Campesina destaca no documento a importância da luta pela reforma agrária, soberania alimentar e políticas públicas que garantam dignidade às trabalhadoras rurais. A audiência faz parte das atividades do Encontro Estadual das Mulheres da Via Campesina RO, integrado à jornada do 8 de março, evento realizado anualmente.
O superintendente do Incra RO, Luís Flávio Carvalho Ribeiro, o superintendente do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) em Rondônia, Gervano Vicent, e a conciliadora agrária no estado, Márcia do Nascimento Pereira, receberam a pauta e participaram das discussões com a organização das mulheres.
Entre as principais reivindicações estão a concessão de créditos para habitação e reforma de casas rurais, créditos para o fomento da produção com técnico para a realização dos projetos, regularização e destinação de terras públicas para famílias ameaçadas em conflitos de terras e regularização da área Che Guevara em Alto Alegre dos Parecis.
O superintendente fez uma exposição sobre as conquistas da instituição para o movimento. No programa da reforma agrária "Crédito Instalação", foram investidos créditos habitacionais, no valor de R$ 75 mil por família, também nas modalidades Apoio Inicial (R$ 16 mil por família), Fomento (R$ 8 mil) e Fomento Mulher (R$ 8 mil).
As famílias têm de dois a três anos de carência para começar a pagar os valores recebidos, ou ainda um desconto de 90% para pagamento à vista. O total investido em 2024/2025 nas áreas do movimento foi R$ 1.461.000,00
Por meio de parcerias com a Emater e com o Instituto Técnico Federal (Ifro), o Incra disponibiliza assistência técnica rural e profissionais para a elaboração dos projetos das casas e acompanhamento das obras.
"Tem sido grande o apoio do Incra aos movimentos sociais, em especial às mulheres rurais porque a instituição reconhece seu valor para o desenvolvimento e bem-estar das famílias, com ênfase à participação da mulher nas atividades produtivas", explicou o superintendente.