VAMOS CONVERSAR? S3x0, tabu e hipocrisia – Por Marcela Bomfim

Deixei alguns dos comentários mais frequentes que recebemos, ilustrando a contradição de quem consome aquilo que diz abominar

por Marcela Bomfim

04 de Janeiro de 2025 às 08:19

Atualizada em : 06 de Janeiro de 2025 às 07:14

Compartilhar via

Siga a gente no Google News

Compartilhar no Whatsapp

VAMOS CONVERSAR? S3x0, tabu e hipocrisia – Por Marcela Bomfim

Foto: Ilustrativa

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.

ENTRAR NO GRUPO

Olá, meus caros leitores.

Hoje quero abordar um tema que não só me fascina, mas também gera reações intensas: por que falar sobre sexo ainda causa tanto espanto e desconforto? Apesar de vivermos em tempos de maior liberdade e informação, discutir abertamente sobre sexo continua sendo um grande tabu.

Nossa coluna, publicada religiosamente aos sábados no Rondoniaovivo, aborda assuntos variados relacionados a sexo, com o objetivo de fomentar diálogos e desmistificar preconceitos. Contudo, o retorno que recebemos é um reflexo curioso da nossa sociedade. Entre elogios e críticas, muitos comentários chamam a atenção pela indignação de alguns leitores que condenam o conteúdo, afirmando que o assunto "não é matéria jornalística".

Mas, vamos lá: é claro que falar de sexo é matéria! Quebrar tabus e abrir espaço para discussões honestas é parte do nosso papel enquanto comunicadores. Afinal, quem nunca abordou o tema numa conversa descontraída entre amigos? Quem nunca comparou atributos físicos ou relembrou aquela experiência inesquecível? Sexo é parte da vida, da cultura, da saúde e da sociedade e, sim, merece espaço no jornalismo.

O mais intrigante, no entanto, é perceber que muitos dos leitores que criticam nossa coluna são os mesmos que, toda semana, aguardam ansiosamente por sua publicação. Não importa o quanto condenem ou digam que vão “deixar de seguir”, lá estão eles lendo, comentando e, no fundo, contribuindo para o debate que tanto dizem desprezar.

Abaixo, deixo alguns dos comentários mais frequentes que recebemos, ilustrando a contradição de quem consome aquilo que diz abominar:

"Tinha que sair a pérola do último sábado do ano."

"Homem que faz esse tipo de pergunta."

"Cabaré abriu foi cedo! Sabadou!"

"Como não há ocorrências ou notícias relevantes no Estado, o site resolve publicar algo para passar o tempo (deles)... Isso que dá não ter o que fazer."

"Não era uma página de jornalismo? De coisas sérias?"

"É sério isso? Virou página erótica agora?"

"Deixando de seguir..."

Os “puritanos de plantão” seguem firmes em sua indignação, mas a verdade é que a hipocrisia está escancarada. O incômodo não é o tema em si, mas a coragem de tratá-lo sem rodeios.

Até o próximo sábado, com mais reflexões e provocações. E, claro, um espaço aberto para vocês, leitores sejam os que apreciam ou os que contestam. Afinal, o debate também é parte da liberdade.

Direito ao esquecimento

Comentários Facebook