A foto enviada por um internauta, mostra um estabelecimento no Morro Chico Mendes em Ouro Preto do Oeste, onde há uma placa na fachada exibindo o avião que caiu com o time de futebol da Chapecoense
Publicidade de bar em ponto turístico gera indignação / Foto: Divulgação
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O caso é antigo na região, onde uma lanchonete funcionava no ponto turístico de Ouro Preto do Oeste, na região central de Rondônia, e que foi fechada após denúncia no Ministério Público por vender bebida alcoólicau numa região de risco iminente de morte, devido a altura e por ser ponto de partida para praticantes de vôo livre.
Apó o fechamento do estabelecimento, o proprietário, em forma de protesto, decidiu colocar a placa com o nome da lanchonete de 'Lamia'. A placa usada por ele tem estampada uma foto do avião da empresa Lamia, que caiu com a delegação do time de futebol Chapecoense e Jornalistas, em novembro de 2016, na Colômbia.
Além da foto do avião, a placa vem com os dizeres: “Coco Gelado, Água Mineral, Salgados, Cerveja, Refrigerantes e etc”. “Estância Turística de Ouro Preto do Oeste - Morro Chico Mendes”. Em uma tentativa, de gosto duvidoso, e tentando ligar o fechamento do comércio com a tragédia do avião, o comerciante colocou a seguinte frase: “É possível sobreviver a uma grande queda”.
A péssima jogada de marketing do empresário, segundo moradores da cidade, tinha como objetivo se colocar como vitima do MP pelo fechamento do estabelecimento. O local, de acordo com mídia da região, funcionava sem alvará para a venda de bebidas alcoólicas, motivo para não poder continuar funcionando. Comparar a interrupção das atividades comerciais com a tragédia da queda do avião do time de futebol deixou, no mínimo, a imprensão de insensibilidade com a comoção que tomou conta do Brasil e do mundo, naquele momento e de estar se aproveitando da situação em proveito próprio.
Até hoje causa indignação aos turistas e moradores da cidade quando vão ao local e se deparam com a placa. Para muitos, é díficil aceitar que um fato tão triste mundialmente, seja tratado de forma irresponsável em um local que atrai de pessoas de todos os lugares e um dos principais pontos turísticos do Estado.
Confira algumas peças publicitárias que geraram polêmica e foram até retiradas do ar pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), que é o órgão fiscalizador da área no Brasil.
Lei de Gerson
O comercial de cigarros em que o "canhotinha" da Copa de 70, jogador Gerson, foi um tiro pela culatra ao vender que 'se dar bem e tirar vantagem de tudo' seria uma ótima jogada. Assista Aqui "Lei de Gerson".
Trident
Nem a goma de mascar escapou, com uma animação em que gerou polêmica pela conotação sexual e humilhação a qualquer custo onde mais uma vez a busca é tirar vantagem. Assista aqui "Trident Nudismo"
DEVASSA
Essa na mídia impressa, nem precisa de explicação. Eles comparam o sabor encorpado de uma cerveja escura com a mulher negra. Eles dizem que só se reconhece uma negra pelo corpo. A empresa recebeu a denuncia e retirou de veiculação por ser extremamente racista.
Relembre o caso
Voo 2933 da LaMia, dia 28 de novembro de 2016. Causa: Falha humana, descumprimento de protocolo. Perda de controle devido a esgotamento do combustível. Passageiros: 68, Tripulantes: 9. Mortos: 71. Feridos: 6. Sobreviventes: 6. Aeronave: Modelo Reino Unido Avro RJ85. Prefixo: CP-2933.
O Voo 2933 da LaMia foi um charter, operado pela companhia com a identificação LMI2933, a serviço da Associação Chapecoense de Futebol, proveniente de Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, com destino ao Aeroporto Internacional José María Córdova em Rionegro, Colômbia. Na noite de 28 de novembro de 2016 às 21h58, no horário local da Colômbia (29 de novembro de 2016 às 2h58 UTC), a aeronave que realizava este voo caiu próximo ao local chamado Cerro El Gordo, ao se aproximar do aeroporto em Rionegro.
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