Beira-Mar passará mais um ano no presídio de Rondônia

O criminoso está fora do Rio desde 2006, e sua defesa havia solicitado o retorno, mas a justiça decidiu aumentar a estadia nas "Terras de Rondon".

Beira-Mar passará mais um ano no presídio de Rondônia

Foto: Divulgação

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A pedido do governo do Rio, a Justiça decidiu manter o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, por mais um ano na penitenciária federal de segurança máxima de Porto Velho. O criminoso está fora do seu estado de orígem, Rio de Janeiro desde 2006, e sua defesa havia solicitado o retorno. A medida judicial foi tomada levando em conta os altos índices de criminalidade no Rio vinculados a traficantes de drogas. Com isso Rondônia hosédará por mais algum tempo o traficante.

 

Beira-Mar - cujas penas, somadas, chegam a 317 anos de prisão - conseguia manter sua liderança no tráfico mesmo preso no Rio, de acordo com investigações. Entre outras condenações, ele foi sentenciado em 2015 a 120 anos de prisão por liderar uma guerra de facções, em 2002, dentro do presídio Bangu I, na qual quatro rivais foram assassinados.

 

O juiz titular da Vara de Execuções Penais, Rafael Estrela, considerou que "a permanência do apenado fora dos limites do Estado do Rio de Janeiro é um importante obstáculo ao fluxo de comunicações entre tais líderes e seus comandados, no que tange à transmissão de ordens ilícitas, o que viabiliza a continuidade da austera política de segurança pública implementada pelas autoridades fluminenses".

 

O magistrado lembra que a segurança do Rio está sob intervenção federal há três meses, e, em sua decisão, cita o alto índice de assassinatos de policiais - 134 em 2017 e 46 este ano (na verdade, 51, em números atualizados nesta sexta-feira). O objetivo de mantê-lo longe do Estado é evitar que Beira-Mar se articule com comparsas que estão em liberdade.

 

"Veja, que não se está a falar aqui de ilações ou conjecturas, mas de uma situação lastimável pela qual passa a Segurança Pública deste Estado, amplamente comprometida em seu aparelhamento técnico e humano, com sérias dificuldades em manter a ordem, frente às diversas facções e ações armadas que atuam diariamente nas ruas de toda a cidade do Rio de Janeiro". 

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