Protesto contra elevação do lago é realizado em audiência da Santo Antônio Energia

Com faixas e cartazes, moradores de bairros profundamente afetados como o Triângulo foram até o local e gritaram palavras de ordem contra o consórcio construtor.

Da Redação

13 de Agosto de 2016 às 11:02

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Protesto contra elevação do lago é realizado em audiência da Santo Antônio Energia

Foto: Divulgação

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A audiência pública marcada para discutir o aumento da cota do nível lago da usina de Santo Antônio para aumentar a produção de energia da hidrelétrica foi alvo de protestos na manhã deste sábado (13) na capital.

Com faixas e cartazes, moradores de bairros profundamente afetados como o Triângulo foram até o local e gritaram palavras de ordem contra o consórcio construtor.

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Para muitos dos manifestantes o consórcio Santo Antônio Energia não foi capaz de resolver os drásticos problemas sociais e ambientais ocasionados na instalação do lago no rio Madeira e agora não tem o direito de aumentar mais ainda o que eles consideram como “estrago”.

“Somos moradores do bairro Triângulo, nossas famílias são pioneiras nessa cidade, queremos respeito, que eles consertem a desgraça que eles fizeram. Não sei como nossos governantes deixaram fazer o que fizeram com a gente, mas a comunidade desse bairro sabe os seus direitos e vai cobrar que sejam cumpridos. A comunidade não concorda com esse aumento já que eles não resolveram nem o nosso”, disse um morador do bairro Triângulo presente no protesto.

Com a alegação de que pretende gerar energia para os estados de Rondônia e Acre, o aumento da cota do lago disponibilizaria a instalação de mais seis turbinas na hidrelétrica. Porém, a elevação de 70,5 para 71,3 metros pode trazer novos dramas semelhantes ao ocorrido no período de construção do complexo Santo Antônio.

Na época, dezenas de moradores tiveram de sair de suas residências às pressas pela tomada da água do rio, muitas famílias que conviviam há quase um século na região tiveram de ser separadas, outra parte luta na justiça até hoje para receber um direito à moradia.

Inicialmente negado pelos órgãos fiscalizatórios a elevação da cota agora voltou à discussão e poderá ser aprovada caso não haja resposta da comunidade. Audiências Públicas e levantamentos ambientais são algumas das exigências para a elevação da cota.

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