Os quatro turistas detidos por terem posado nus no monte Kinabalu, no norte da ilha de Bornéu, na Malásia, deixaram neste sábado (13) o Estado malaio de Sabah um dia depois que um juiz os condenou a três dias de prisão, informou a imprensa local.
O chefe de polícia de Sabah, Jalaluddin Abdul Rahman, disse que os turistas embarcaram em um voo da Malaysia Airlines em Kota Kinabalu, a capital estadual, rumo a Kuala Lumpur para fazerem a conexão com os voos de volta para seus países, segundo o jornal "The Star".
Os acusados - dois canadenses de 23 e 22 anos, um holandês de 23 e uma britânica de 24 - foram condenados a três dias de prisão e a pagar uma multa de 5 mil ringgits (cera de R$ 4.200) depois que o juiz aceitou as acusações de comportamento obsceno em espaço público.
Após a decisão judicial, todos eles foram libertados assim que pagaram a multa, já que tinham cumprido a pena de prisão imposta com os dias que passaram sob custódia policial desde a detenção na quarta-feira.
Jalaluddin afirmou que a polícia segue em busca de outros seis turistas que posaram junto com os acusados nas mesmas fotografias, que foram tiradas na madrugada do dia 30 de maio, quando o grupo descia da montanha.
Segundo a acusação, os turistas se desafiaram a posarem nus para fotografias, apesar do frio no alto da montanha, que tem mais de 4 mil metros de altitude, e dos pedidos dos guias para que não fizessem isso.
O incidente ocorreu seis dias antes do terremoto que causou a morte de 18 excursionistas e guias no Kinabalu, um popular destino turístico do país.
Após a divulgação das imagens pelas redes sociais, líderes de comunidades locais acusaram os turistas pelo tremor por terem irritado os espíritos do lugar - que consideram sagrado - com sua atitude.
No momento do terremoto, cerca de 200 pessoas estavam na montanha.