Pais acampam em escolas para tentar garantir matrículas
Foto: Divulgação
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Preocupados com a possibilidade de não conseguir vagas para seus filhos, pais estão acampados em pelo menos três escolas da rede pública estadual em Machadinho, município a cerca de 300 quilômetros da capital Porto Velho, em Rondônia.
A mobilização começou no início da noite de sexta-feira (23) e desde então o número vem aumentando. As pessoas dormem e se alimentam no local. Nossa reportagem identificou acampamentos nas escolas Ayrton Senna, escola Maria da Conceição e CEEJA Paulo Freire. De acordo com os acampados a preocupação em não conseguir vagas para seus filhos estudarem os levou a tomar tal atitude. Muitos deles estão acompanhados dos filhos, pois alegam não ter com quem deixar as crianças.
O município conta ainda com escolas de responsabilidade do município, porém o número de vagas ofertadas é muito inferior a demanda apresentada. A prefeitura iniciou a construção de duas novas escolas, as obras se arrastam por mais de três anos e não tem previsão para terminar.
Machadinho é um município em plena ascensão, a população aumentou consideravelmente nos últimos anos, com a expectativa do início das obras de construção da Usina Tabajara e a falta de vagas nas escolas é apenas um dos problemas que começam a vir à tona.
As primeiras pessoas chegaram na noite de sábado (24). A direção da escola abriu os portões e autorizou a utilização do banheiro, da cozinha e duas salas de aulas servem de alojamentos, sendo divididas uma para homens e outra para mulheres. A diretora informou que o trabalho de realização das matrículas terá início à partir das 07 horas deste segunda-feira (26).
É o menor grupo até o momento. As pessoas estão acampadas do lado de fora da Escola. De acordo com as pessoas que estão no local nenhum representante da escola apareceu para dar informações. Não conseguimos identificar cartazes com informações sobre a realização das matrículas que deverão acontecer à partir desta segunda-feira.
Local onde se concentra o maior número de pessoas até o momento. A movimentação teve início na noite de sábado (24) e aumenta a cada hora. Uma grande quantidade de pessoas está acampada no pátio da escola, onde armaram redes, barracas, colchões e improvisaram camas em cima de bancos e mesas. A direção da escola abriu os portões e autorizou a utilização de um banheiro. Um caderno contendo uma lista de chamadas está sendo utilizado para controlar a chegada e permanência das pessoas. A senhora Elisangela Oliveira foi uma das primeiras a chegar à escola e está acompanhada pelos seus seis filhos. Já a moradora Seir G. Oliveira reclamou que um banheiro não é suficiente para atender a quantidade de pessoas que está no local, além de ter que ser divido entre homens e mulheres. Nossa reportagem encontrou também uma mãe, a senhora Maria Lúcia Barros acompanhada de um filho excepcional. As pessoas que estão acampadas no local são, em sua maioria, moradores dos arredores da escola e da Zona Rural.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!